Sem previsão de quando as águas das enchentes no Rio Grande do Sul devem finalmente baixar, a CSB-RS e seus sindicatos seguem mobilizados para atender a população, apesar de muitos sindicalistas terem também sido diretamente afetados pelo desastre.
A sede campestre do Sindef, na cidade de Alvorada, foi transformada em abrigo e centro de concentração de doações há uma semana. Desde então, milhares de pessoas já foram atendidas tanto no local, quanto em comunidades na região, onde os sindicalistas levam comida e outras doações. Cerca de 45 membros da CSB e do Sindef trabalham na força-tarefa.
Cerca de 40 cães também foram acolhidos e estão abrigados em local separado. Além disso, a sede tem sido muito procurada pela população para fornecimento de água potável, retirada de uma bica no local. Água potável é uma das grandes necessidades até mesmo entre aqueles que não tiveram suas casas inundadas, uma vez que a rede de tratamento e distribuição de água também foi danificada pelas enchentes.
O centro conta ainda com uma unidade móvel de saúde, deslocada até ali por meio da articulação do vereador Alexandre Espeto, que é oriundo do movimento sindical da classe dos rodoviários do município.
“Nossos dirigentes e militantes estão presentes em Porto Alegre, Canoas, Alvorada, Guaíba e em muitas outras localidades, atuando anonimamente junto com as Defesas Civis locais. Estamos obtendo água em grande quantidade para entregar nas cidades atingidas”, contou o presidente da CSB-RS, Sergio Arnoud.
Em Caxias do Sul, os sindicatos dos rodoviários e dos metalúrgicos arrecadaram uma grande quantidade de doações que foram destinadas especialmente à São Leopoldo, uma das cidades próximas mais severamente destruídas pela tragédia.
Saiba mais sobre os abrigos dos sindicatos e como ajudar também.
A mobilização ocorre apesar de os sindicatos e seus membros também estarem sofrendo com as enchentes. O Sindimarceneiros de Porto Alegre e Região disponibilizou sua colônia de férias em Imbé para acolher os desabrigados, porém a sede do sindicato na capital do estado também foi arrasada, sobrando apenas algumas cadeiras.
Já em Guaíba, a própria presidente do Sindicato dos Municipários (Sindiguaíba), Taís Motta, teve sua casa destruída e está abrigada na sede da entidade, a qual ela abriu as portas para acolher outras vítimas.