A Federação dos Municipários do Rio Grande do Sul (Femergs) reuniu-se nesta terça-feira (1º) com a Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs) para discutir a continuidade do acesso ao IPE Saúde por servidores públicos municipais, especialmente os de menor renda.
A presidente da Femergs, Clarice Mainardi, explicou que a entidade busca garantir planos de saúde de qualidade sem prejudicar servidores com salários mais baixos. Ela ressaltou que muitos municípios têm funcionários com salário-base abaixo do mínimo, o que gera prejuízos aos próprios municípios.
“Essa situação acarreta desgaste à saúde desses trabalhadores, levando a um alto número de atestados e prejuízos aos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS)”, apontou.
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O assessor jurídico da Femergs, Eduardo Bechorner, defendeu a participação da federação e da Famurs no Conselho do IPE para acompanhar as decisões. Já a vice-presidente da Femergs e vereadora de Santo Ãngelo, Rosane Stocker, alertou para a falta de profissionais em algumas especialidades no IPE, o que prejudica a qualidade do atendimento aos usuários.
A presidente da Famurs, Adriane Perin, informou que está em tratativas com o IPE, a Casa Civil e outras operadoras – como Unimed, Amil e Porto Seguro – para oferecer opções aos municípios. No entanto, destacou que qualquer proposta depende de um mapeamento preciso do número de servidores e dependentes vinculados ao sistema e que a Famurs está realizando seu próprio estudo para subsidiar as decisões dos gestores municipais.
Atualmente, 20 municípios do Rio Grande do Sul ainda não renovaram seus contratos com o IPE e têm 15 dias para definir sua adesão. Perin assegurou que, mesmo para as cidades que já renovaram, a Famurs continuará buscando soluções para garantir acesso à saúde de qualidade, mantendo diálogo com todas as partes envolvidas.
A reunião reforçou o compromisso de ambas as entidades em trabalhar conjuntamente pela melhoria das condições do atendimento de saúde aos servidores públicos municipais.