O Sindicato dos Vigilantes de Niterói (SVNIT) fez uma manifestação nesta quinta-feira (13) no centro da cidade pedindo atenção das empresas de vigilância para a necessidade de se fornecer colete feminino, à prova de balas, para as profissionais da categoria, que usam os modelos masculinos durante o serviço.
O presidente do sindicato, Cláudio Vigilante, disse que adaptação modelo masculino do equipamento de proteção não protege as mulheres adequadamente e frisou que houve aumento de 20% no número de mulheres vigilantes nos últimos quatro anos.
“Temos que dar conforto para essas profissionais que trabalham mais de 12 horas por dia e se dedicam, deixam suas famílias e devem ter seus direitos respeitados”, afirmou.
De acordo com levantamento do sindicato, há 3 mil vigilantes trabalhando em Niterói atualmente e 600 são mulheres, o que representa 20% da categoria na cidade.
Lucilene Ribeiro, 47 anos, trabalha há 13 anos como vigilante. “É muito ruim usar esse equipamento pois prejudica o corpo e nossa saúde. Não é anatomicamente feito para o corpo feminino. Aperta os seios, pesa a coluna e prejudica o tórax”, contou.
O presidente Cláudio explicou ainda que as empresas não investem nesse equipamento por falta de sensibilidade pela causa, já que um colete feminino é mais barato do que o masculino.
“Muitas empresas nos dizem que esses equipamentos não existes, mas temos levantamento que eles existem sim e são mais baratos quando comparados com os masculinos”, falou.
O grupo usou faixas e caixas de som para chamar atenção das pessoas que passam em frente da estação das Barcas. Na próxima segunda feira (17), o SVNIT irá enviar um ofício para o sindicato patronal, que representa as empresas de segurança no Rio, pedindo uma reunião.
O movimento tem apoio da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Federação Interestadual dos Trabalhadores Vigilantes (Fintravig) e começou em todo o país.