No dia de memória ao presidente Getúlio Vargas, mobilizações terão como alvo a agenda de retrocessos bancada pelo setor financeiro e uma parcela da indústria
A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) realiza na próxima quarta-feira, dia 24 de agosto, o Dia Nacional de Luta em Defesa da CLT. Estão planejados atos em todo o País, em uma data simbólica para os trabalhadores brasileiros: o dia de memória ao presidente Getúlio Vargas, o pai da Consolidação das Leis do Trabalho.
Em São Paulo, a mobilização ocorrerá no Edifício Getúlio Vargas, sede do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd), às 14h, na avenida Angélica, 35. Em todo o País, a CSB convocou manifestações em locais que façam referência à figura do presidente Getúlio Vargas.
Os atos têm como objetivo chamar a atenção da sociedade e de instituições como os poderes Executivo e Legislativo contra a agenda de retrocessos que vem sendo imposta ao País pelo segmento financeiro e por uma parcela mais retrógrada do setor industrial brasileiro, com o objetivo principal de atacar os direitos trabalhistas e previdenciários.
Sob a alegação de modernizar o Brasil e equilibrar as contas públicas, tais setores querem transferir para os trabalhadores a conta pelas dificuldades econômicas que são enfrentadas pelo País. Para a CSB, no entanto, não são os direitos trabalhistas ou previdenciários que dificultam o desenvolvimento da Nação.
O real problema se apresenta no comprometimento de quase 43% do orçamento da União, que em 2015 chegou a R$ 2,268 trilhões, com o pagamento de juros da dívida pública. “A dívida pública é o verdadeiro vilão no Brasil, e não os direitos dos trabalhadores”, ressalta o presidente da CSB, Antonio Neto.
“A legislação trabalhista brasileira é uma das mais modernas do mundo, e certamente precisa de avanços para torná-la um instrumento ainda mais poderoso na defesa da classe trabalhadora. As propostas defendidas pelos bancos e pela CNI pretendem cortar direitos. Suas intenções são claras: aumentar os lucros das multinacionais, drenar os recursos do Estado para a especulação e, se possível, rasgar a Lei Áurea, propondo, inclusive, jornadas de trabalho de até 80 horas semanais”, destacou a Central no documento em que convocou dirigentes de sindicatos, entidades filiadas e trabalhadores a participarem das manifestações desta quarta-feira.
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