As Centrais Sindicais manifestam seu repúdio à decisão da Câmara de Deputados de não apreciar a Medida Provisória (1303/2025), que previa a taxação dos bancos, das bets e dos bilionários – setores que acumulam lucros recordes em meio à desigualdade crescente que aflige o povo trabalhador.
O cerne da proposta era justo e necessário: fazer com que os que mais ganham contribuam de forma proporcional para o desenvolvimento do país.
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Ao rejeitar sequer discutir o tema, a Câmara Federal vira novamente as costas para o povo brasileiro, antecipando de forma prematura o pleito eleitoral de 2026 e colocando a política acima do interesse nacional.
Os trabalhadores e trabalhadoras deste país não aceitarão que, mais uma vez, a conta recaia sobre os ombros de quem trabalha. Não aceitaremos cortes em investimentos sociais, em programas de inclusão e nas políticas públicas que garantem dignidade à população. A conta deve ser paga por quem tem privilégios, com o corte das emendas parlamentares sem interesse público e o fim dos supersalários que afrontam a realidade da maioria dos brasileiros.
A postura do Congresso expressa revanchismo e desprezo pelas necessidades do povo, especialmente após o sepultamento público nas ruas da chamada PEC da Blindagem, rejeitada pela mobilização popular.
O povo não esquecerá o lado em que estiveram os parlamentares que, ao tentar inviabilizar o governo, optaram por proteger os poderosos em detrimento da justiça social.
As Centrais Sindicais seguirão firmes, em defesa da taxação dos super-ricos, do fortalecimento dos serviços públicos e da soberania nacional. O Brasil precisa de coragem e compromisso com o povo – não de submissão diante do poder econômico.
9 de outubro de 2025
Antonio Neto
presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)
Sérgio Nobre
presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres
presidente da Força Sindical
Ricardo Patah
presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo
presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Tesch Auersvald
presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados