Trabalhadores do Hospital Municipal de Barueri fazem manifestação na rodovia Castelo Branco

Os funcionários contestam demissão em massa e a não garantia dos pagamentos das verbas trabalhistas

Cerca de 200 trabalhadores do Hospital Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran (HMB) entraram em greve. Eles fizeram uma manifestação na rodovia Castelo Branco, na manhã desta quinta-feira (13), em protesto contra a demissão em massa do Instituto Hygia, atual gestor do hospital.

O movimento, organizado pelo Sindicato Único dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Osasco e Região (SUEESSOR), contou com o apoio da CSB. Cerca de 70% dos trabalhadores do turno que se iniciouno período matinal aderiram ao movimento. Os 30% restantes estão trabalhando para garantir o funcionamento do hospital. Estão em greve os setores administrativo, segurança, hotelaria e de exames de imagens e laboratoriais.

Ao todo cerca de 1.300 funcionários do hospital estão com futuro incerto. A prefeitura da cidade decidiu trocar o Instituto Hygia, atual gestor do espaço, e contratar a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), como nova administradora. O Instituto Hygia, responsável pelo hospital nos últimos três anos, não pretende absorver os profissionais e alega não ter recursos para pagar seus direitos rescisórios. A SPDM, nova gestora, não quer assumir os encargos dos funcionários da Hygia.

A Polícia Militar, que acompanhava o protesto, deteve Flavio Oliveira Bezerra, dirigente sindical que atua na organização da greve. Após a liberação das pistas da rodovia Flavio foi liberado.

Depois de realizar o protesto na Castelo Branco, os grevistas caminharam em direção à Secretaria de Educação, onde estão sendo realizadas provas para seleção para preenchimento dos cargos pela nova administradora, a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM).

Em frente à secretaria, entoaram palavras de ordem e alertaram quem prestava prova que não poderiam ser contratados enquanto durasse o movimento grevista. Segundo Juarez Henrique de Paulo, vice-presidente do SUEESSOR, a greve é legal e atende ao dispositivo da Lei nº 7.783/89, que determina que serviços essenciais continuem funcionando, o que está garantido pelos 30% de pessoal que trabalham normalmente no turno. “Durante a greve não se pode contratar nem demitir”, afirmou.

“Nós iremos passar o feriado de Páscoa e fim de semana acampados aqui até que a prefeitura nos dê um parecer quanto o pagamento das verbas rescisórias dos funcionários demitidos e destino dos trabalhadores”, disse o dirigente.

Compartilhe:

Leia mais
4 encontro sindical fespume-es
Federação dos Servidores Municipais do ES (Fespume-ES) realiza 4º Encontro Sindical
aumento emprego entre mulheres
Número de mulheres com carteira assinada aumenta 45% em um ano
nota centrais sindicais contra plano golpista
Nota das centrais sindicais: "União contra o golpismo e pela democracia"
Antonio Neto Sindis
Antonio Neto: Sindicatos devem aproveitar tecnologias e se adaptar para sobreviver
empresa obriga mãe voltar ao trabalho recém-nascido
Empresa é condenada por obrigar mãe a voltar ao trabalho uma semana após dar à luz
semana 4 dias de trabalho aumento produtividade
Empresa aumenta em 20% a produtividade ao adotar semana de 4 dias; Brasil testou modelo
Antonio Neto 3 congresso cspm
3º Congresso da CSPM: Antonio Neto fala sobre necessidade de adaptação dos sindicatos
escala 6x1 prejudica saúde mental
Escala 6x1 prejudica saúde mental e produtividade dos trabalhadores, diz especialista
ministra esther dweck defende estabilidade do servidor público
Estabilidade do servidor é pilar de defesa do Estado, diz Esther Dweck em resposta à Folha
CSB no G20 Social
CSB defende fim da escala 6x1 e proteção aos direitos dos trabalhadores no G20 Social