Desconsiderando a crise, profissionais da categoria querem evolução e não admitem “marcar passo”
Como a crise “não foi criada pelos trabalhadores” seus salários “não podem parar no tempo”. A definição do sindicalista Vilson Silveira ilustra muito bem a disposição da categoria que representa, na negociação salarial deste ano. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Material Plástico de Chapecó – Stimpc concorda que as dificuldades nacionais são empecilho, mas entende que ela não pode interferir em tema “da maior importância” como é o salário, do qual todos dependem para sobreviver.
A campanha salarial do Stimpc está na rua e nesta sexta-feira (11) acontece à primeira rodada de negociação. O encontro vai ser mantido com a representação patronal, intermediado pela Delegacia Regional do Trabalho. A data base da classe é 1º de abril e o calendário “precisa ser respeitado para fechar o consenso”, esclarece Silveira.
A renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da organização sindical tem um histórico de dissenso originado pela resistência patronal. Todo ano o argumento é o mesmo para não atender as reivindicações: o “aperto econômico”. O dirigente sindical tem consciência que neste ano as desavenças serão ainda maiores, mas não há nenhuma possibilidade de recuo. “Entendemos que o país atravessa um momento ruim, mas aumentar o salário é questão de honra”, expôs.
Sem restrição – A assembleia do sindicato aprovou a íntegra da proposta colocada em votação. Ela estabelece reajuste correspondente a 100% da inflação registrada no período (deve ser superior a 12%) e aumento real de 2% para todos os salários. Os índices somam “o mínimo que se pode admitir”, disse o líder da categoria. Estão em pauta somente as cláusulas econômicas. As sociais ainda tem prazo de validade e “nelas não se mexe“. Silveira crê em debate amistoso, produtivo e rentável. Entende que o aumento salarial é fator determinante à qualidade de vida, gera mais estimulo e consequentemente eleva a produção.
Paralelo ao avanço postulado, Silveira prega a manutenção do emprego e a preservação de todos os direitos adquiridos. Defende ainda na campanha, temas como fim do fator previdenciários e redução da jornada de trabalho projetos que estão sendo “cozinhados” em “banho-maria” no Congresso Nacional.
A assembleia do Stimpc foi prestigiada pelo presidente estadual da Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB e do Sindicato dos Movimentadores de Mercadorias de Chapecó Oneide de Paula – Neidão. Também participou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Chapecó, vereador Valdemir Stobe – Tigrão.
Fonte: Assessoria de Imprensa Stimpc