Diante das denúncias veiculadas na imprensa nos últimos dias, acerca de uso de favorecimento da máquina estatal em benefício próprio, pelo presidente do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Guilherme Nolasco, ao emitir Guia de Trânsito Animal (GTA) de seu gabinete, a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap), reuniu-se na tarde desta terça-feira (02.02) para definir qual atitude tomar quanto ao caso junto ao Governo do Estado. Por unanimidade foi definido que urge, não só por este, mas por outros problemas que vêm sendo causados há algum tempo pelo gestor da referida autarquia, como assédio moral, não implantação da fiscalização da madeira em cumprimento à lei 235/2005 e truculências de toda ordem, que ele seja afastado do cargo.
Diante de todo esse cenário, que é contrário ao que prega a intenção do governador Pedro Taques, a diretoria do Sintap – imbuída do sentimento de que ele tem que tomar ciência da dimensão que o problema vem tomando no âmbito do Indea -, concordando com a linha do governo de que leis foram feitas para serem cumpridas a bem do cidadão, não tem outra alternativa a não ser propor a saída do atual presidente.
De acordo com avaliação dos membros da diretoria, a conduta atual de Nolasco fere a lei da moralidade e probidade administrativa de número 9784/99, que diz: “que o funcionário no exercício de suas funções deve servir a administração com honestidade, sem aproveitar dos poderes ou facilidades visando vantagem pessoal de outrem a quem queira favorecer”. Nessa linha o Sintap, após analisar toda a legislação pertinente sobre o tema, encaminha até o final desta semana, ofícios pedindo sua saída do cargo para: governador Pedro Taques, Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério Público do Estado, Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Acrimat e Famato.
Sendo assim, a entidade, como representante máxima dos servidores não pode mais ficar passiva diante de tudo que vem ocorrendo no Indea. Essa denúncia e outras situações que ocorrem rotineiramente no órgão é que leva a crer que Nolasco não tem mais condições de apresentar credibilidade para representar uma entidade como o Indea, concluíram os membros da diretoria.
Personalidade conturbada
Há que se destacar que, dentro do Instituto, Nolasco não possui uma boa relação com os servidores demonstrando ser uma pessoa que não tem compromisso com o bom andamento da entidade tornando-se, assim, um péssimo garoto-propaganda do Governo do Estado, que, conforme salienta Pedro Taques, é de ‘Transformação’ e legalista, e, portanto, deve ser sempre cumpridor da lei e a lei está do lado dos servidores a quem ele pressiona sem medida.
Fonte: Adriana Nascimento – Assessoria Sintap