Central dos Sindicatos Brasileiros

Sindicatos e centrais querem diálogo sobre demissões em massa no setor metalúrgico

Sindicatos e centrais querem diálogo sobre demissões em massa no setor metalúrgico

Desde o início da semana o Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região já registrou mais de 130 demissões

Como era temido pela direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região, as empresas do setor de autopeças começaram a demitir funcionários, em decorrência da crise que atinge o setor automotivo. Em virtude dessa situação preocupante, sindicatos do setor querem se reunir com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e com os demais sindicatos patronais para discutir a questão.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, com representatividade nas cidades de Itatiba, Itupeva, Vinhedo, Louveira, Morungaba e Jarinu, Igor Tiago Pereira, o momento é de as entidades e centrais sindicais se unirem nas negociações com representante das indústrias e também do governo para evitar as demissões em massa, o que pode atingir diretamente a economia do Brasil.

“Estamos preocupados com essa situação. O setor em que atuamos já enfrentou outras crises mas essa, da forma como se projeta, pode trazer consequências alarmantes para todo o País, pois estamos passando por um ano atípico, onde carnaval, Copa do Mundo e eleições estão mexendo com todo o cenário financeiro da população”, observa.

Para o diretor financeiro do sindicato, José Avelino Pereira, o Chinelo, o diálogo com a Fiesp e classe patronal se faz necessário pelo fato de a própria entidade e o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), nos últimos meses, terem registrado um número preocupante de demissões na indústria paulista.

“A Fiesp, o Ciesp e os demais sindicatos patronais representam as indústrias e nós, junto às centrais sindicais, estamos do lado dos trabalhadores. Queremos esse diálogo por entender que o enfrentamento de uma crise sem a busca por alternativas pode ser muito prejudicial para os dois lados”, afirma Chinelo.

Para o diretor, o momento é de os sindicatos e as empresas discutirem a redução das jornadas de trabalho, porém sem mexer nos salários de seus funcionários. “Existem algumas possibilidades de a opção for esse caminho. Mas queremos o entendimento para que o lado financeiro do trabalhador não seja prejudicado. Entendemos que a redução da jornada pode aliviar para as indústrias com a redução de despesas nas linhas de produção. Vamos dialogar, pois a situação que nos mostra é complicada”, afirma.

Desde o início da semana o Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região já registrou mais de 130 demissões. Um número considerado alarmante. “Estamos buscando o diálogo com as empresas, realizando assembleias e reuniões com os trabalhadores, até mesmo para buscarmos um clima de tranquilidade, pois o desespero em pouco nos ajuda em momentos como este”, diz o presidente Igor Tiago Pereira.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região