O Sindicato dos Operadores Empregados em Empresas Exibidoras Cinematográficas do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), filiado à CSB, deu início a um alerta sobre o cenário de demissões que está afetando a categoria de forma preocupante e em escala nacional – motivada, sobretudo, pela automação dos novos projetores incorporados à rotina dos cinemas modernos.
Embora não se saiba dados concretos sobre o impacto desta transformação à realidade da categoria, o presidente da entidade, João Roberto Costa, destaca caso expressivo de demissão em massa em uma filial da rede Kinoplex, do Grupo Severiano Ribeiro, no Rio de Janeiro, em que foi registrada a destituição de 22 trabalhadores de uma única vez.
Costa ressalta que não houve qualquer tentativa de diálogo por parte da companhia, sequer comunicado prévio. Ante a resolução arbitrária das empresas em abandonar a mão de obra antes necessária, o presidente do Socerj iniciou mobilização, com representantes sindicais da categoria em outros estados, para cobrar dos órgãos competentes uma alternativa bilateral, plausível aos trabalhadores e às necessidades deste mercado. “Buscamos uma forma que não estimule as demissões em massa; e que, se elas forem necessárias, que existam cursos de qualificação para que o trabalhador possa ser recolocado em outra função”, apontou.
Na tentativa de exigir este compromisso, o sindicato planeja mobilização em São Paulo, ainda sem data definida. De acordo com Costa, o estado já registra casos gradativos, mas recorrentes, de demissões que se tornaram motivo de preocupação. O presidente do Socerj identifica em São Paulo o pano de fundo ideal para que a mobilização obtenha expressão nacional e reforce a urgência em adotar medidas de proteção à categoria. “A CSB poderá nos apoiar juridicamente para que consigamos melhorar este cenário”, disse João Roberto Costa.