Cerca de 350 funcionários já foram afetados pela medida implantada pela companhia há seis meses
Os trabalhadores da Karcher, empresa do setor de máquinas de higiene e limpeza instalada em Vinhedo, não aceitaram em assembleia, realizada na sexta-feira (29/01), se submeter a uma nova de redução de carga horária de trabalho e de salários, por um período de três meses.
A assembleia foi mediada pela diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região, que acatou a decisão dos trabalhadores de não aceitar a proposta da empresa em manter a redução dos salários em 30% para cerca de 350 funcionários da Karcher. “Há mais de seis meses a companhia acordou com o sindicato a redução da jornada e de salários. Os funcionários e o sindicato aceitaram porque acreditavam que em outubro/novembro a situação financeira da empresa poderia melhorar, mas não foi o que aconteceu”, afirmou Igor Tiago Pereira, presidente do sindicato.
“O Brasil vive uma situação preocupante, e o que mais queremos é lutar pela garantia dos direitos dos trabalhadores e, principalmente, evitar as demissões. Mas não podemos aceitar que os funcionários continuem trabalhando com salário reduzido em 30%. Esperamos que a empresa apresente uma nova proposta e que os trabalhadores não sejam prejudicados”, avaliou Pereira.
Para o diretor financeiro do Sindicato dos Metalúrgicos, José Avelino Pereira (Chinelo), fazer um novo acordo com a Karcher permitindo a redução de salários representaria a perda de direitos trabalhistas. “Não podemos nunca aceitar retrocesso nos direitos trabalhistas, e uma empresa não pode passar quase um ano com redução de salários e de jornada. A diretoria da Karcher precisa apresentar soluções para os problemas financeiros que tem enfrentado, mas não cortar dos trabalhadores”, concluiu o dirigente.