Central dos Sindicatos Brasileiros

Sindicalistas pressionarão Temer por mudanças em ajuste fiscal

Sindicalistas pressionarão Temer por mudanças em ajuste fiscal

Em encontro com o objetivo de aproximar o vice-­presidente Michel Temer (PMDB) do movimento sindical, dirigentes e lideranças da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) pedirão ao peemedebista nesta quarta-­feira (9) que o governo federal faça alterações na atual política de ajuste fiscal.

A reunião, agendada no final de agosto e confirmada na semana passada, gerou preocupação entre auxiliares da presidente Dilma Rousseff, para os quais a movimentação do peemedebista representa mais um sinal de seu distanciamento em relação ao Palácio do Planalto.

Além do encontro desta quarta, o vice-­presidente se reunirá nesta terça (8) com governadores e parlamentares do PMDB para discutir soluções sobre a atual crise econômica.

“A reunião surgiu de conversas com Michel Temer da necessidade do PMDB se aproximar mais do movimento sindical”, explicou o presidente da CSB, Antonio Neto, que também é presidente do núcleo sindical do PMDB em São Paulo.

A avaliação da entidade trabalhista é de que as atuais medidas encampadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, têm gerado uma recessão econômica que estimula o fechamento de empresas e o aumento do desemprego.

“A guinada da política econômica está na direção contrária ao que esperamos. Nós temos de modificá-­la, porque ela está gerando recessão”, defendeu o dirigente da central.

Para ele, o fato dos juros, da inflação e do câmbio estarem em rota de crescimento demonstra que a equipe econômica do governo federal tem errado na condução do tripé macroeconômico.

Na semana passada, o vice­-presidente afirmou, em encontro em São Paulo, que, se a presidente mantiver os atuais índices de popularidade, será “difícil” resistir a mais três anos e meio de governo.

A declaração causou mal-­estar no Palácio do Planalto e levou o peemedebista a divulgar nota à imprensa na qual nega agir como conspirador e afirma que a “divisão” e a “intriga” agravam a crise política e econômica.

Fonte: Gustavo Uribe/ Folha de S. Paulo