Sindaf-DF denuncia Federação das Indústrias por retaliação e perseguição

Caso foi divulgado nas últimas edições do informativo impresso do sindicato e aponta as práticas antissindicais adotadas contra dirigentes pela direção do Sistema Fibra

Segundo informativo de setembro do Sindicato dos Empregados em Entidades de Assistência Social e de Formação Profissional do Distrito Federal (Sindaf-DF), após assinatura de acordo coletivo, a diretoria do Sistema Fibra retalia, persegue e intimida funcionários que fazem parte da direção da entidade.

Conforme consta na publicação, “o Senai-DR demitiu sem justa causa e ilegalmente o empregado Carlos Antônio Boaventura , dirigente da Fesenalba (Federação à qual o Sindicato é filiado), e se recusa a cumprir a ordem judicial de reintegração do trabalhador”.

A matéria cita a transferência dos dirigentes sindicais Martiniano Coelho, Josemilton Altes, Ioneti Telles e Lopídio de Souza para postos de trabalho distantes de suas residências e da sede do Sindaf-DF.

“[O sistema] também tentou impedir a participação desses dirigentes em congresso que tratou de assuntos relacionados ao mundo do trabalho. A mais nova medida autoritária é a proibição de entrada de dirigente sindical no prédio onde estão instaladas as direções do Senai, Sesi e IEL”, relatou a nota.

Para ajudar na saúde financeira do grupo, durante a campanha salarial de 2016, os trabalhadores “abriram mão da reposição inflacionária em troca da manutenção do emprego”. “No entanto, não há reciprocidade por parte da direção do Sistema, que vem reiteradamente descumprindo o Acordo Coletivo”.

De acordo com informativo de outubro, o presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Jamal Jorge Bittar, “optou por contra-atacar promovendo demissões e suspensões de contratos de trabalho de dirigentes sindicais”.

“Infelizmente, não podemos verificar o que está ocorrendo, pois o presidente Jamal proibiu formalmente nossa entrada nas unidades”, afirmou o sindicato.

O departamento jurídico do Sindaf-DF já acionou a Justiça do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho para as “providências cabíveis”. O fato, por ser considerado antissindical, também foi denunciado à Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Veja abaixo as práticas antissindicais detectadas:

– Proibição de entrada dos diretores do sindicato nas unidades;

– Transferências arbitrárias de empregados;

– Demissão de dirigentes com estabilidade;

– Não cumprimento de decisão judicial relativa à integração de diretor sindical;

– Desalojamento da Assfibra;

– Descumprimento de Acordo Coletivo de Trabalho;

– Recusa em reconhecer a legitimidade da entidade superior da categoria (Fesenalba), contrariando assim recente decisão do Supremo Tribunal Regional do Trabalho da 10º Região;

– Várias formas de assédio e constrangimento a dirigentes sindicais.

Compartilhe:

Leia mais
regulamentação ia inteligência artificial
Regulamentação da IA é tema em destaque para centrais sindicais no Congresso
papa leão XIII e papa leão XIV
Com o nome Leão XIV, novo Papa homenageia Leão XIII, defensor dos trabalhadores e abolicionista
mapa mundi brasil no centro
IBGE lança mapa-múndi com Brasil no centro e hemisfério sul na parte de cima
geração de empregos recorde em fevereiro
Procurador denuncia "pejotização" como forma de burlar direitos trabalhistas
csb centrais sindicais com ministro maurcio godinho tst
Centrais entregam agenda jurídica do movimento sindical ao vice-presidente do TST
csb menor (40)
Desigualdade de renda no Brasil é a menor desde 2012, aponta IBGE
csb menor (1)
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 6 – Trabalhadores e meio ambiente
ministro do trabalho luiz marinho em audiencia na camara
Ministro do Trabalho defende fim da escala 6x1 e jornada de 40 horas na Câmara
csb menor (2)
Centrais apresentam pauta prioritária e agenda legislativa em reunião no Congresso
painel 5 encontro executiva nacional csb 2025
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 5 – Agenda parlamentar sindical; assista