Categoria reivindica reajustes salariais e criação do plano de cargos e carreiras
No dia 8 de março, os servidores municipais de Marechal Floriano, no Espírito Santo, entraram em greve geral por tempo indeterminado. Ao todo, 600 trabalhadores cruzaram os braços após várias tentativas de negociação da Federação dos Servidores Municipais do Espírito Santo (Fespumees) para que houvesse reajustes salariais e a reestruturação de cargos.
Atualmente, nove categorias de servidores possui o salário-base abaixo de um salário mínimo, que atualmente é de R$ 880,00. “É o caso dos garis, por exemplo, cujo salário-base é de R$ 462,10. Para atingir ao valor do salário mínimo, é feito um complemento, mas esse valor acrescido não é considerado para os benefícios, pois não é incorporado ao salário-base”, explica Jorge Nascimento, secretário dos Servidores públicos e presidente da Fespumees.
“Os servidores municipais de Marechal Floriano estão tentando um acordo desde outubro de 2015. Foi protocolado na prefeitura um documento solicitando a abertura de diálogo para que houvesse os reajustes salariais e reestruturação dos cargos. Em dezembro do ano passado, foi feita uma reunião entre o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Marechal Floriano (SINDSMAF), a Federação e o prefeito, que pediu um prazo até o dia 25 de janeiro, mas ele não cumpriu. Fizemos uma assembleia e esperamos até hoje, mas não obtivemos retorno, por isso os servidores estão em greve”, destacou o dirigente.
Essa é a primeira greve dos servidores municipais da cidade. Jorge Nascimento explica que de acordo com dados do SINDSMAF, atualmente há mais funcionários contratados por meio de cargos comissionados e temporários do que efetivos. Além disso, a alegação é de que a prefeitura continua contratando mais pessoas.
Segundo o presidente da Fespumees, enquanto o prefeito não ouvir a reivindicações da categoria, os trabalhadores continuarão em greve. “Os servidores precisam de um reajuste salarial de pelo menos 18%. São mais de 10 anos em que não temos reajuste. Apenas é feito o complemento. Não queríamos essa paralização, queríamos negociar, mas não conseguimos. Fizemos uma manifestação no dia 8 e estamos fazendo outra passeata pela cidade hoje [10]”, argumentou.