Central dos Sindicatos Brasileiros

Servidores públicos de 18 categorias do Distrito Federal paralisam os trabalhos em defesa dos salários

Servidores públicos de 18 categorias do Distrito Federal paralisam os trabalhos em defesa dos salários

CSB apoia a luta dos trabalhadores contra o retrocesso aos direitos trabalhistas

Sindicatos de servidores públicos e trabalhadores de 18 categorias do Distrito Federal realizarão uma paralisação na próxima quarta-feira, dia 11 de março. As categorias está insatisfeita com a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pelo Ministério Público, que questiona reajustes salariais e de carreiras definidos em 2013. A ADI é contra os reajustes salariais de 33 categorias profissionais do Governo do Distrito Federal.

Os trabalhadores atingidos pela ação são ligados às secretárias de Segurança Pública, Saúde, Cultura, Detran, Assistência Social e da Carreira Socioeducativa. Fiscais, auditores tributários e da Receita; administradores; agentes de vigilância ambiental e comunitários de saúde; servidores civis da administração direta e defensores públicos também sofrerão com a revisão dos reajustes salariais.

A CSB, representada por Leandro Vieira, presidente do Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do Distrito Federal (Sindpen-DF), está liderando o movimento que luta em defesa dos salários dos servidores distritais. “Nós tivemos reuniões com deputados que se comprometeram a achar uma solução para que Ação Direta de Inconstitucionalidade não retire esse ajuste conquistado em 2013. A paralisação do dia 11 será um aviso: caso o MP não retire a ADI, o Distrito Federal terá uma greve geral dos servidores”, disse Vieira.

Na reunião com líderes partidários, o deputado Chico Vigilante (PT-DF) entregou aos sindicalistas um memorial em defesa da legalidade dos reajustes concedidos na gestão do ex-governador Agnelo Queiroz.

Leandro Vieira explica que a medida do Ministério Público afeta cerca de 250 mil servidores ativos e aposentados. “É um absurdo um reajuste que foi aprovado em 2013 seja questionado no ano em que os servidores seriam beneficiados. Esses reajustes salariais das categorias foram alcançados com muita luta e dedicação. A revogação  geraria um impacto imenso na economia do DF e das famílias dos servidores”, argumentou o dirigente.

Ação do Ministério Público

O MP entrou com ação na Justiça questionando 33 leis aprovadas durante a gestão do ex-governador Agnelo Queiroz a diversas carreiras do funcionalismo. Para o órgão, os reajustes são inconstitucionais porque foram concedidos sem previsão orçamentária, o que contraria as leis Orgânicas do DF e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Todos os sindicatos de servidores afetados pela ADI do Ministério Público pedirão ingresso na ação para defenderem seus direitos.