Categoria reivindica melhores condições de trabalho e infraestrutura nos hospitais
Servidores públicos do Sistema Único de Saúde (SUS) do Mato Grosso realizaram uma paralisação de 24 horas no dia 2 de junho. A manifestação organizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente do Mato Grosso (SISMA/MT) foi contra o caos instalado na saúde estadual. A CSB apoiou o ato e foi representada pela vice-presidente Diany Dias.
De acordo com o SISMA, os trabalhadores do SUS em todo estado participaram da paralisação. “Os servidores realizaram panfletagens com o objetivo de conscientizar a população sobre a atual situação das unidades de saúde pública e da necessidade urgente de melhorias de infraestrutura, aquisição de insumos e medicamentos”, explicou Oscarlino Alves, presidente do sindicato.
Em Cuiabá os atendimentos considerados essenciais e os atendimentos de emergência foram mantidos. Nos hospitais regionais foi feita operação tartaruga, ou seja, os servidores mantiveram os serviços de urgência e emergência.
Para Diany, a saúde do Mato Grosso está na UTI. “O sistema de saúde público do estado é ineficiente não há infraestrutura para o hemocentro, para os hospitais e muito menos para os atendimentos de emergência. Para atender Cuiabá inteiro há apenas 4 ambulâncias do SAMU”, disse a dirigente.
De acordo com o presidente do SISMA, a sociedade muitas vezes culpa o servidor pelo atendimento de má qualidade, porém o culpado pelos problemas no sistema de saúde pública é o governo. “Precisamos de condições dignas de trabalho. Precisamos de mobiliários, infraestrutura, medicamentos, é necessário que seja realizado concurso público para sanar a falta de recursos humanos, mas sobretudo uma reforma na estrutura física de nossas unidades para abrigar trabalhadores e usuários de forma humana”, argumentou Alves.
Resposta do governo
Os deputados estudais do Mato Grosso, em resposta ao protesto, receberam um grupo de 14 servidores e representantes do sindicato para debater as reivindicações da categoria. Os trabalhadores apresentaram os problemas que enfrentam no cotidiano dos hospitais, como falta de recursos humanos, insumos, medicamentos, material de expediente, mobiliário defeituoso, unidades com problemas de infiltração, mofo, estrutura física comprometida e sem reformas há décadas, e falta inclusive de materiais básicos de limpeza e assepsia aos trabalhadores que lidam com o atendimento ao paciente.
Segundo a vice-presidente da CSB, os deputados se comprometeram a intermediar e defender junto ao poder executivo do estado as reivindicações dos servidores. “Eles assumiram o compromisso de lutar para que seja realizado um concurso público para a área da saúde e irão criar uma comissão da saúde que fará visitas aos hospitais e aos postos de saúdes para que haja intervenções necessárias em cada estabelecimento. Iremos esperar uma resposta até o final do mês. Essa luta existe há 13 anos e ainda não tivemos uma reposta”, disse Diany.