Servidores de São Sebastião do Paraíso entram em greve na segunda-feira, dia 4

Em assembleia realizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Sebastião do Paraíso (SEMPRE-SUDOESTE), na tarde desta terça-feira (29), trabalhadores da Prefeitura decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (4 de fevereiro). A reunião foi realizada no plenário da Câmara Municipal e reuniu cerca de 200 pessoas. Entre as principais reivindicações da categoria está a regularização do pagamento dos salários, inclusive o 13º e a implantação imediata do Plano de Carreira e Salários da Educação.

A decisão conjunta foi tomada depois de uma série de reuniões setoriais realizada pelo sindicato nas duas últimas semanas. Os funcionários de cada setor foram chamados para serem ouvidos em suas necessidades e também para apresentarem suas reivindicações. Ao todo foram realizados cerca de 20 encontros setoriais. De acordo com o presidente do Sempre, Rildo Domingos da Silva este já é um novo exemplo de como a nova diretoria pretende trabalhar.

“Somos a favor do diálogo tanto entre nós servidores como também temos buscado desde o início dialogar com o Executivo, apresentando demandas e até mesmo intermediando soluções para os problemas que nos aflige a cada um de nós servidores, da ativa, aposentados e de todos os setores. Somos um só e temos de trabalhar com união”, disse.

Na assembleia estavam representantes dos mais diversos segmentos da administração, mas a assembleia foi composta na maioria por servidores ligados a área da Educação. Desde o final de 2018 a categoria vem demonstrando descontentamento em virtude dos constantes atrasos e parcelamento na folha de pagamento.

Neste início de 2019 já foram realizadas algumas reuniões entre a administração, o Sempre e representantes dos educadores. As lideranças já ameaçavam entrar em greve desde os primeiros dias do ano. A decisão foi postergada diante da proposta de espera feita pela prefeitura para que se aguardasse até o final do mês para a regularização dos repasses feitos pelo governo do Estado.

Ao ser colocada em votação a proposta para adesão à greve a decisão foi praticamente unânime entre os presentes. Apenas dois funcionários disseram que não poderiam entrar em greve, mas que apoiavam o movimento. As alegações apresentadas foram de que não iriam aderir por medo de represálias futuras. No entanto, o que prevaleceu foi a decisão da maioria absoluta que optou por paralisar as atividades.

Após esta decisão o presidente do Sempre, Rildo Domingos falou sobre as responsabilidades da decisão.

“Greve não é brincadeira, se entrarmos tem que ser para valer, não podemos sair depois desmoralizados”, alertou. Ele salientou que não pode haver retrocesso e que nestes dias deve haver um amplo trabalho de conscientização dos demais colegas para novas adesões e principalmente, comunicar a população. “Ninguém pode ser pego de surpresa, faremos uma comunicação geral avisando a todos sobre a situação e principalmente dos motivos que nos levaram a esta decisão”, acrescenta.

Ainda durante a assembleia foram feitos chamamentos para a formação de um grupo que será responsável pelo comando de greve.

“Teremos reuniões, teremos manifestações, movimento sem diversos setores. Greve não é para ficar em casa é para manifestar, mostrar o que está errado e cobrar soluções, afirma. Ele já chamou atenção para que todos estejam alertas para possíveis situações de pessoas infiltradas e de ações e atitudes que podem prejudicar o movimento.Temos de ficar atentos, registrar tudo se possível para que tenhamos a população, a opinião pública a nosso favor e assim conseguirmos que as nossas reivindicações sejam atendidas”, completa.

Rildo falou ainda que nos próximos dias serão realizadas novas reuniões com os membros do comando de greve para serem definidas as estratégias de atuação.

“Teremos muito trabalho pela frente e será necessária a participação e o envolvimento de cada um nos atos que faremos. O primeiro passo vai ser comunicar a população, vamos utilizar todos os meios de comunicação para fazermos os apontamentos para que todos saibam os motivos desta greve”, completa.

Os vereadores Lisandro Monteiro (presidente), Vinício Scarano Pedroso, Marcelo Morais, Cidinha Cerize, José Luiz das Graças e Sérgio Gomes estavam presentes à reunião, mas não se manifestaram.

Fonte: Roberto Nogueira, Jornal do Sudoeste

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