CSB e FESERP apoiam paralisação da categoria, que reuniu centenas de trabalhadores
Cerca de 700 servidores municipais de Juiz de Fora / MG paralisaram as atividades, ontem, 1 de junho. A categoria reivindica reajuste de 7,19%, retroativo a fevereiro de 2016. A manifestação contou com o apoio da Central dos Sindicatos Brasileiros e da Federação Única Democrática de Sindicatos das Prefeituras, Câmaras Municipais, Empresas Públicas e Autarquias de Minas Gerais (FESERP/MG).
De acordo com Amarildo Romanazzy, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora (Sinserpu), a Prefeitura ofereceu um reajuste salarial de cerca de 3%, alegando que, em ano eleitoral, não pode ultrapassar o limite de gastos previstos em lei. No entanto os servidores reivindicam um aumento maior. “Nós estamos considerando a reposição da inflação do período de 2015 e 2016, sendo assim, o reajuste seria de 7,19%”, argumentou o dirigente.
Os trabalhadores já estão em estado de greve, votado e aprovado em assembleia realizada no mesmo dia da paralisação. A categoria volta se reunir em assembleia para definir se haverá greve no município na próxima terça-feira, dia 7.
De acordo com Cosme Nogueira, presidente da FESERP/MG e secretário Formação Sindical da CSB, a recusa da prefeitura em pagar o reajuste salaria de 7,19% está relaciona à orientação dada pela Associação Mineira dos Municípios (AMM) às prefeituras de Minas Gerais sobre a reposição salarial dos servidores. No entendimento da entidade, com base na legislação eleitoral, só poderá ser concedida a reposição da inflação tendo como cálculo o período de exercício do ano eleitoral, e não do ano fiscal – ou seja, a base do cálculo teria de ser a partir de janeiro do ano vigente, não levando em conta os meses do ano anterior.
“Lançar mão de uma orientação equivocada como essa da AMM é uma injustiça, uma covardia contra os servidores. O povo na rua e os trabalhadores em greve são respostas legítimas a uma administração que tenta enganar o funcionalismo. O que o prefeito está tentando fazer é dar um ‘calote’ nos servidores. Isso não vamos aceitar”, disse Nogueira.