Há sete anos com os salários desvalorizados, categoria luta por melhores condições de trabalho
Com a apoio da Central dos Sindicatos Brasileiros e a liderança da Federação dos Servidores Municipais do Espírito Santo (Fespumees), servidores de Irupi paralisaram as atividades no dia 14 de julho. A categoria reivindica melhores condições de trabalho e reajuste salarial, que não acontece desde 2009.
O Sindicato dos Servidores Públicos de Iúna e Irupi (SINDSPII) reivindica reajuste de 30%, já que os salários não são reajustados há sete anos. De acordo com o secretário dos servidores públicos da Central e presidente da Fespumees, Jorge Nascimento, o piso salarial da categoria na cidade está em torno de R$ 565, um valor muito abaixo do atual salário mínimo, que é de R$ 880,00.
“Os servidores estão reivindicando seus direitos. Muitos trabalhadores recebem um salário muito abaixo do mínimo nacional. Isso afeta a sobrevivência do trabalhador e também a economia local, já que – se o servidor recebe pouco – ele irá injetar pouco dinheiro no comércio da região. É um ciclo que afeta a todos. Caso não tenhamos nenhuma uma resposta da prefeitura que atenda às reivindicações, iremos entrar em greve geral no estado por tempo indeterminado”, avaliou Nascimento.
O SINDSPII e a Fespumees estimam que as perdas salariais e o poder de compra dos servidores nos últimos anos cheguem a 45% em Irupi. “Nós, da Fespumees e da CSB, estamos apoiando o movimento grevista na cidade, porque é um absurdo ter um trabalhador que receba menos que o salário mínimo. Esse movimento demonstra a insatisfação dos trabalhadores municipais com o massacre que vem acontecendo com a categoria nos últimos 10 anos. É muito importante ter uma Central que realmente tenha compromisso com os servidores púbicos como a CSB”, afirma o secretário dos servidores públicos da Central.