Trabalhadores de Marataízes, Presidente Kennedy, Iconha e Santa Leopoldina também aderiram ao movimento grevista
Com a apoio da Central dos Sindicatos Brasileiros e a liderança da Federação dos Servidores Municipais do Espírito Santo (Fespumees), 10 municípios do estado estão com os servidores municipais em greve, desde a primeira semana de março. Trabalhadores de cidades como Marataízes, Presidente Kennedy, Iconha, Marechal Floriano, Ibiriaçu e Santa Leopoldina reivindicam melhores condições de trabalho, reposição salarial, plano de cargos e carreiras e abertura de novos concursos públicos.
Segundo o secretário dos servidores públicos da Central e presidente da Fespumees, Jorge Nascimento, o cenário na região requer atenção e atuação urgente. “Nós, da Fespumees e da CSB, estamos apoiando o movimento grevista do estado. Esse movimento demonstra a insatisfação dos trabalhadores municipais com o massacre que vem acontecendo com a categoria nos últimos 10 anos. Em algumas cidades os trabalhadores não têm reajustes salarias há 11 anos. Todas essas manifestações só estão acontecendo devido o apoio da CSB. É muito importante ter uma Central que realmente tenha compromisso com os trabalhadores”, afirma.
O Sindicato dos Servidores Públicos de Marataízes, Iconha e Presidente Kennedy (SISMAPKI) reivindica 15% de reajuste salarial, considerando a inflação de 10,67%; aumento no vale-alimentação para R$ 800,00 e redução da jornada de trabalho para seis horas diárias, sem distinção dos cargos.
Em Santa Leopoldina, o Sindicato dos Servidores do Município lutam pela a reestruturação do plano de cargos e salários, pelo reajuste do pagamento do auxílio-alimentação e por 18% de reajuste salarial para a categoria.
De acordo com Jorge Nascimento, somando os servidores municipais em greve no estado, são cerca de três mil trabalhadores paralisados. “A nossa categoria está reivindicando seus direitos. Em muitas cidades os servidores recebem um salário muito abaixo do mínimo nacional. Isso afeta a sobrevivência do trabalhador e também a economia local, já que – se o servidor recebe pouco – ele irá injetar pouco dinheiro no comércio da região. É um ciclo que afeta a todos. Caso não tenhamos nenhuma uma resposta das prefeituras que atenda às reivindicações, iremos entrar em greve geral no estado por tempo indeterminado”, avaliou o dirigente.