Central dos Sindicatos Brasileiros

Senado aprova porte de arma para agentes penitenciários

Senado aprova porte de arma para agentes penitenciários

Projeto de Lei que tramita no Congresso desde 2012 segue para a sanção da presidenta Dilma

O Senado aprovou, nesta quarta-feira (21), o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 28/2014, que concede o porte de arma fora do horário de serviço aos agentes penitenciários. A aprovação representa uma vitória da categoria, que reivindica a conquista desse direito desde 2012. O projeto, que já havia sido aprovado pela Câmara, segue agora para a sanção da presidenta Dilma Rousseff.

Leandro Vieira, presidente do Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do Distrito Federal (Sindpen-DF), explica a importância da aprovação. “Esse projeto veio somar com a sociedade brasileira e trará ao agente penitenciário uma segurança maior, fortalecendo o Estado brasileiro. Foi uma vitória fruto da articulação e mobilização da categoria, com o apoio da CSB”, afirmou.

De acordo com o texto, os profissionais ficam autorizados a portar arma de fogo particular ou fornecida pela repartição. O porte, no entanto, só será permitido para os profissionais se submeterem a regime de dedicação exclusiva, ou seja, não poderão exercer nenhuma outra função remunerada e a arma só poderá ser utilizada durante o período de trabalho e para defesa em caso de ataque criminoso. “As restrições não são prejudiciais ao agente, pois é uma forma de normatizar o uso da arma de fogo, que deve ser usada como uma forma de defesa e prevenção no combate ao crime organizado”, afirma o presidente.

Em 2013, os agentes ficaram acampados durantes dois meses em frente ao Congresso Nacional para pedir aos parlamentares a derrubada do veto presidencial ao direito do porte de arma dos trabalhadores. Manifestações, passeatas e atos dentro do Congresso Nacional marcaram o esforço da categoria.  “A nossa expectativa é a de que a lei seja sancionada até junho. O clima no parlamento é muito favorável à nossa causa”, disse Vieira.

Na justificativa do projeto, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, explica que a concessão do porte de arma é uma “demanda desta categoria profissional pela autorização legal para portar arma de fogo, mesmo fora do serviço, seguindo regras específicas e diferenciadas daquelas a que estão sujeitos os demais cidadãos”.