Com medo de perder, bancada do governo pediu o adiamento da sessão que apreciaria a Medida Provisória do seguro-desemprego
Os senadores adiaram na noite de ontem, 20 de maio, a votação da Medida Provisória 665, que restringe o acesso dos trabalhadores ao seguro-desemprego, seguro-defeso e abono salarial. Com medo de ser derrotado, o governo – por meio do senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado – pediu o adiamento da votação para a próxima terça-feira, 26 de maio. Os governistas temiam que a redução do quórum no plenário dificultasse a aprovação da Medida.
A sessão de ontem foi novamente marcada por protestos contra a aprovação da MP. Os senadores Paulo Paim (PT-RS) e Lindbergh Farias (PT-RJ) manifestaram voto contrário à Medida. Junto a eles, outros senadores também contrários à proposta lançaram um manifesto contra MP 665. Assinaram o documento Roberto Requião (PMDB-PR), João Capiberibe (PSB-AP), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Cristovam Buarque (PDT-DF), Lídice da Mata (PSB-BA), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Roberto Rocha (PSB-MA), Hélio José (PSD-DF) e Marcelo Crivella (PRB-RJ). O senador José Antônio Reguffe (PDT-DF) também discursou em plenário contra a Medida.
Aprovado no Plenário da Câmara dos Deputados, no dia 6 de maio, por 252 votos a favor e 227 contra, a MP 665 corta direitos já conquistados, prejudicando os trabalhadores mais jovens, os de baixa renda e com menor capacitação. Apenas um deputado do Partido dos Trabalhadores (PT) votou contra a MP, tendo a quase totalidade da legenda apoiado irrestritamente a proposta do governo.
“Você pagou com traição, a quem sempre lhe deu a mão”
Veja a lista dos deputados que votaram pelo corte de direitos na MP 665