Evento promovido pela CSB ainda debateu dívida pública e Previdência Social
Para debater as atuais propostas de reformas do governo federal e seus impactos à classe trabalhadora, a Seccional da CSB no Mato Grosso promoveu, na última quarta-feira (09/11), o Seminário “PEC 241/ PLP 257 – Dívida Pública e Reforma da Previdência” em parceria com o Fórum Sindical do estado. A discussão entre dirigentes, servidores e autoridades acadêmicas aconteceu na sede do Conselho Regional de Contabilidade (CRC) e do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo do Estado do Mato Grosso (SINPAIG/MT), em Cuiabá, e contou com um público de 140 trabalhadores.
De acordo com o diretor nacional da CSB, Wagner de Oliveira, o objetivo do evento foi unir os servidores e os representantes sindicais na luta contra os retrocessos nos direitos trabalhistas por meio do esclarecimento. “Preocupados com o cenário nacional e após acompanharmos as medidas no Congresso, percebemos que os sindicalistas e os trabalhadores precisavam compreender como tais propostas afetam a sociedade. Por isso, trouxemos pessoas com qualidade técnica nas áreas de economia e Previdência para alertar sobre os problemas que vêm com a PEC 241 [atual PEC 55] e o PLP 257 [atual PLC 54/2016]”, explica Oliveira.

Durante as apresentações, os palestrantes analisaram os possíveis efeitos da Proposta de Emenda Constitucional e do Projeto de Lei da Câmara ao País, o sistema previdenciário brasileiro, os desvios de recursos da Seguridade Social, a origem e os gastos com os juros da dívida pública. Em 2015, mais de R$ 962 bilhões – cerca de 42% do orçamento da União – foram consumidos pelo pagamento da dívida pública no Brasil segundo dados da Auditoria Cidadã da Dívida.
“Tendo em vista que o País gasta mais de 40% do PIB, de tudo que o Brasil arrecada, com o pagamento de juros e amortização da dívida, é aí que está o gargalo. Isso chega a ser um tipo de corrupção institucionalizada. Enquanto isso, aparecem propostas como a PEC 55 e o PLC 54 sob a desculpa de que o problema de fluxo de caixa é o serviço público, é o gasto de pessoal com os servidores. Mas a verdade é que envolve a dívida pública dos estados e do governo federal, juntamente com bancos e organismos internacionais”, argumenta Wagner de Oliveira.

“É tempo de ficarmos vigilantes e não deixarmos as coisas acontecerem sem lutar. Iniciativas como a do Seminário já são representativas. Inclusive, fomos chamados para auxiliar o Sindicato Municipal de Chapada depois do evento. E essa é a nossa missão: militar, custe o que custar. Agradeço a força que a CSB nos deu para que tudo saísse do jeito que esperávamos. Mais uma vez, a Central foi destaque nas mobilizações a favor dos trabalhadores”, ressalta o dirigente.
Também participaram do encontro mais doze entidades, incluindo o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (SINTAP/MT).







