Sem sinal de negociação, SINTARC volta a fazer manifestações em frente aos hospitais de Fortaleza

Novos atos se concentraram em frente ao Hospital Monte Klininkun e à Clínica Boghos Boyadjian

Em busca de um acordo coletivo justo para a categoria, o Sindicato dos Técnicos e Auxiliares em Radiologia do Estado do Ceará (SINTARC) voltou a fazer manifestações em frente a hospitais e clínicas da capital cearense. Na última terça-feira (1), os dirigentes da entidade estiveram na Clínica Boghos Boyadjian e nesta quinta-feira (3), a concentração foi em frente ao hospital Monte Klininkun. Mesmo com estes atos, o setor patronal não se mostrou disposto a uma negociação favorável aos trabalhadores.

Segundo a presidente do SINTARC, Anemery Ramalho Martins de Morais, a entidade que representa os patrões mantém os 5% oferecidos inicialmente, mas alguns hospitais mostraram boa vontade para conceder um reajuste maior.

“Os patrões estão começando a sinalizar o interesse em reajustar, independente do fechamento da convenção. Duas empresas já anteciparam o aumento com percentual de 5,5% e estão comprometidos a apresentar a diferença após a convenção fechada”, disse a presidente, que garantiu que a entidade vai entrar com pedido de dissídio coletivo caso a situação não se resolva até a próxima semana.

Os trabalhadores têm demonstrado total apoio ao sindicato.

“Os colegas que estavam trabalhando nos cumprimentaram e parabenizaram pelo movimento. Todos acham que a causa é importante e acreditam que nós vamos lograr êxito através dessas manifestações”, completou Anemery.

A má vontade da entidade patronal com os técnicos e auxiliares em radiologia não tem refletido na negociação com as outras categorias.

“Temos informações seguras que esse mesmo patrão que nos oferece apenas 5% já fechou com índices de 6% e 6,5% com outras categorias, e nós estamos pedindo 6%”, informou a presidente.

Segundo Anemery, a força dos sindicatos é fundamental para garantir as conquistas.

“Fazemos questão de dizer aos trabalhadores que mesmo com a traição dos políticos com a aprovação desta reforma cruel, desumana e que retira direitos históricos, o sindicato não vai abaixar a cabeça e nem vai fugir à luta. Mesmo com as reformas, os sindicatos permanecerão fortes e continuarão lutando pelos direitos dos trabalhadores deste país”, finalizou.

Um novo ato está marcado para a próxima quinta-feira (10), às 8h, em frente ao Hospital São Matheus, em Fortaleza.

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