Rodoviários exigem teste em massa para detecção do coronavírus

O Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) enviou ofício nesta segunda-feira (11/5) às empresas de ônibus e prefeituras dos 13 municípios de sua área de atuação reivindicando a adoção, em ampla escala, de testes para detecção do Covid-19 em motoristas, cobradores e despachantes. No documento, também exige a adoção, pelas empresas e autoridades municipais, da higienização dos coletivos, que são vetores potenciais da doença, e a aplicação de multas para os passageiros que não utilizarem máscara no interior dos ônibus.

As medidas, na avaliação da diretoria do Sintronac, são urgentes diante do aumento dos casos de infecção pelo coronavírus na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O sindicato tomou conhecimento de pelo menos quatro mortes de rodoviários em sua base, dois casos em recuperação e 17 sob suspeita. Os números, no entanto, podem ser maiores, uma vez que muitos rodoviários ficaram sem trabalhar em consequência da redução da circulação de ônibus municipais e intermunicipais; e as cidades, à exceção de Niterói, não estão fazendo testes em massa para detecção da virose.

Em 27 de abril, o Sintronac já havia exigido de prefeituras e empresas fornecimento de máscaras e álcool em gel para os rodoviários e uma intensa fiscalização para que não houvesse circulação de pessoas desprotegidas no interior dos ônibus. No entanto, até hoje passageiros insistem em embarcar e fazer suas viagens sem as máscaras.

“Não é possível que trabalhadores essenciais, como os rodoviários, ainda estejam sendo tratados dessa forma pela sociedade. Teremos que acionar o Ministério Público do Trabalho, o Estadual ou o Federal para que medidas óbvias tenham que ser adotadas para salvaguardar as vidas de milhares de trabalhadores? Teremos que parar totalmente o transporte por ônibus? Não é mais necessário dizer que estamos diante de um fenômeno, que já marcou uma geração e expôs todas as deficiências das saúdes pública e privada. O que mais falta para que empresas e autoridades públicas reconheçam isso?”, indaga o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.

Fonte: José Messias – Sintronac

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