Rio promove 3ª manifestação por royalties

A manifestação será comandada pelo governador Sérgio Cabral

A manifestação contra a lei que redistribui os recursos dos royalties e participações especiais deve encher a avenida Rio Branco, uma das principais do centro do Rio hoje (26/11).

O estado, que conta com 19 dos 25 municípios do Brasil que mais recebem recursos oriundos da exploração do petróleo, deve sofrer uma enorme perda de receita com a aprovação do projeto que redistribui os recursos da área do pré-sal e também dos campos já licitados.

O governo do Rio estima que o estado e seus municípios perderão, só em 2013, R$ 3,4 bilhões caso o projeto seja sancionado como está. Até 2020 as perdas podem chegar a R$ 77 bilhões. Com a regra atual, o governo do estado receberia R$ 2,5 bilhões em 2013.

Na quinta passada, as principais lideranças políticas do Rio afinaram o discurso em um evento convocado pelo governador Cabral. A rara cooperação pôs em sintonia opositores como o próprio governador e a prefeita de Campos dos Goytacazes, Rosinha Garotinho (PR).

Os políticos fluminenses dizem estar confiantes no veto parcial da presidente Dilma Rousseff ao projeto, impedindo a redistribuição de valores em áreas já licitadas.

Para Cabral, o veto parcial agradaria a todos, estados produtores e não produtores. “Ela tem como vetar aquilo que foi licitado e sancionar o resto”, disse o governador. “O pra trás é o que não admitimos”, disse. Segundo Cabral, a passeata vai contar com a presença do governador do Espírito Santo, o outro estado que mais deve ser prejudicado com a nova distribuição, Renato Casagrande (PSB).

Apelidado de “Veta, Dilma”, o protesto vai atrair caravanas de moradores das cidades da região norte, que sofrerão as maiores quedas de receita com a aprovação do projeto.

A maior cidade da região, com cerca de 550 mil habitantes, Campos é o município que mais arrecada recursos com royalties e participações especiais no país. Só em 2012 serão mais de R$ 700 milhões. Cerca de 60% da receita do município vem dos recursos do petróleo.

A média é semelhante nas 11 cidades que compõem a Ompetro (Organização dos Municípios Produtores de Petróleo), diz o presidente do grupo, Riverton Mussi (PMDB), prefeito de Macaé. Sua cidade é a segunda que mais arrecada com a exploração do petróleo.

Clarissa diz que a incerteza sobre a receita para 2013 gera instabilidade administrativa nos municípios produtores. “Não sabemos que decisões podemos tomar”. Na cidade as obras licitadas estão paradas, à espera da aprovação da lei.

A manifestação será a terceira no Rio contra a redistribuição dos royalties desde que diferentes projetos de lei sobre o tema começaram a tramitar no Congresso em 2009.

Fonte: Valor Econômico

Compartilhe:

Leia mais
Sintrammar diretoria eleita 2025
Chapa 2 vence eleições do Sintrammar de Santos e Região, com Erivan Pereira reeleito presidente
reunião mesa permanente servidores federais 20-02-25
Em reunião, servidores federais cobram governo sobre pauta de reivindicações travada
saúde mental no trabalho nr-1
Empresas serão responsáveis por saúde mental dos funcionários a partir de maio
img-pagamentos-inss-mudanca-carnaval
Calendário de pagamentos do INSS terá mudanças devido ao Carnaval 2025; confira datas
mpt campinas investiga empresas por pratica antissindical
MPT investiga 32 empresas de SP por coagirem empregados a se opor à contribuição assistencial
servidores excluidos reestruração carreiras rs mesa fessergs
Fessergs e governo do RS formam mesa sobre servidores excluídos de reestruturação
trabalhador indenização cancer
Trabalhador será indenizado em R$ 500 mil por demissão após comunicar câncer
saque fgts nascimento filhos
Projeto que libera saque do FGTS por nascimento de filhos avança na Câmara
CNJ regras inteligencia artificial judiciário
Conselho aprova regras para uso de inteligência artificial no Judiciário
Trabalho imigrantes Texas Tesla e SpaceX
Empresas de Elon Musk usam imigrantes irregulares em obras no Texas, diz reportagem