Rosa Cardoso, Adriano Diogo e Izídio de Brito Correia defenderam o resgate da memória e a punição das empresas que fomentaram o Golpe de 64
Integrantes da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e de comissões regionais participaram do “Ato Sindical Unitário em Homenagem à Memória dos que Lutaram. Para que sua Luta seja Eternizada”, realizado no último dia 26 de julho. O evento foi organizado pelo Grupo de Trabalho “Ditadura e Repressão aos Trabalhadores, às Trabalhadoras e ao Movimento Sindical” (GT13) da CNV, em parceria com CSB.

A advogada evidenciou também a participação agressiva dos Estados Unidos no processo. “A responsabilidade pelas torturas e por todas as mazelas da ditadura não é somente de quem torturou, mas também daqueles que arquitetaram e planejaram, inclusive dos Estados Unidos, nas instâncias militares, governamentais e empresariais. Mesmo que os culpados não sejam presos criminalmente, é fundamental que essas informações fiquem registradas e documentadas”, defendeu Rosa Cardoso.
Memória

“A Comissão da Verdade é o processo mais importante da recuperação da memória e da dignidade do povo brasileiro, porque vem a público dizer que as empresas financiaram o golpe, usufruíram do golpe”, afirmou.
“Na medida em que essa memória não é valorizada, os empresários voltam de novo como cães de guarda, sedentos por golpes e por lucros”, concluiu.
Lutas permanentes
Para o presidente da Comissão Municipal da Verdade “Alexandre Vannucchi Leme” de Sorocaba, Izídio de Brito Correia, é necessário manter as lutas iniciadas bem antes do golpe. “Muitos morreram, lutaram e continuam lutando, e todos nós temos de continuar esta luta. Precisamos também defender o País desses aproveitadores e empresários de multinacionais que têm a petulância de criticar a economia brasileira”, criticou o vereador do PT, exemplificando o recente caso em que o Banco Santander enviou a clientes um comunicado no qual afirmava que a reeleição de Dilma Rousseff prejudicaria a economia nacional.

Importância do ato em Sorocaba
Rosa Cardoso, Adriano Diogo e Izídio Correia concordam que o evento realizado em Sorocaba foi fundamental para o trabalho de resgate da memória e dos casos ocorridos na região durante o regime. Os representantes afirmam que enquanto os crimes da ditadura não forem apurados, e a memória de Jango continuar a ser aviltada por nomes de militares daquela época, o Brasil não terá sua memória recuperada e dignamente valorizada.







