A transmissão, que abre a maratona de debates do Dia do Trabalhador, contou com a presença de lideranças partidárias
Visando ampliar debates que auxiliem na construção de alternativas e saídas para a grave crise em que se encontra o Brasil, estão sendo realizadas uma série de lives. Os encontros comemoram o Dia do Trabalhador, são mediados pelo presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros, Antonio Neto, e contam com a participação de importantes lideranças da política nacional.
O encontro de abertura foi exibido na última quarta-feira (29) e contou com a presença do ex-ministro do trabalho, Carlos Lupi (PDT); do ex-ministro da cultura, Roberto Freire (Cidadania); do ex-deputado federal, Beto Albuquerque (PSB), do ex-deputado federal, Domingos Sávio (PSDB) e do vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino. O tema central da transmissão foi a importância dos partidos políticos na reconstrução nacional.
Lupi deu o tom fazendo duras críticas ao Governo Federal, o responsabilizando pelo sofrimento a que está sendo submetida a população brasileira. “Nós temos um presidente da República que manipula o pensamento de uma parcela da população brasileira a cada dia por meio de suas redes sociais. Inventando mentiras e fazendo piadas com a morte”.
Já Roberto Freire ressaltou a necessidade de priorizarmos o pensamento em busca de soluções, ao invés de nos prendermos em discussões em torno de misérias. “Há quanto tempo, no 1º de maio, debatemos sobre miséria? Nós ainda temos problemas do século XIX no século XXI. Nós precisamos derrotar o Brasil que chegou até aqui”. Freire também ressaltou que devemos pensar em alternativas para lidar com a automação e a indústria 4.0.
A ineficiência do Governo Federal foi pauta retomada por Beto Albuquerque, que abordou os erros na gestão da economia. “Enquanto houve um Auxílio Emergencial significativo e justo, houve atividade econômica. Agora após um hiato do auxílio e o seu retorno com um valor irrisório, tudo aquilo que havia resistido, fechou as portas.”
Domingos Sávio, por sua vez, ressaltou que a democracia é a única saída para a atual crise. “A nossa primeira missão partidária é compreendermos que sem que seja pelo caminho democrático nós estaríamos destruindo a possibilidade de uma nação digna, civilizada, com um povo de fato feliz.”
Já Sorrentino trouxe um debate central para a atual conjuntura: a formação de uma frente ampla contra Bolsonaro. “A única coisa que levou Bolsonaro a ser desmascarado foram políticas de frente. Eu acho que esse movimento deve ser continuado para repor o pacto democrático para que reconstruir as condições e fazer uma disputa legítima e avançar em um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento.”