Sindicatos paralisam diversos setores e mais de 800 mil tomam ruas de Paris contra cortes sociais

Os protestos contra as medidas de austeridade fiscal tomaram as ruas de Paris nesta quinta-feira (18) com cerca de 800 mil pessoas participanda das manifestações na capital francesa. As autoridades, que destacaram 80 mil policiais para o ato, reportaram 94 detenções.

As manifestações contestam medidas do pacote de austeridade formulado pelo ex-primeiro-ministro François Bayrou, ainda em discussão. Entre os pontos criticados estão:

  • Cortes nos serviços públicos
  • Nova reforma no seguro-desemprego
  • Congelamento de benefícios sociais e salários de servidores
  • Desindexação das aposentadorias
  • Aumento das franquias médicas
  • Ameaça à quinta semana de férias remuneradas

Entre os principais alvos das críticas está o presidente Emmanuel Macron, que ouviu pedidos de renúncia durante os atos. “Queremos que Macron e esse governo saiam”, declarou o médico Hugo Bouhours, que liderava um grupo de 50 profissionais da saúde.

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“Os profissionais de saúde estão no limite, falta de tudo: leitos, pessoal, equipamentos… Estamos cansados de ser governados por pessoas que não se importam com os pacientes e com os profissionais de saúde”, acrescentou Hugo.

A manifestação ainda teve impacto direto no transporte público devido à greve no metrô parisiense, que paralisou cerca de 90% dos funcionários.

A grande mobilização de estudantes e profissionais de educação para o ato resultou em dezenas de escolas fechadas. Líderes sindicais denunciaram repressão policial contra manifestantes. “Fomos atacados com gás lacrimogêneo e agredidos, apesar de termos sido pacíficos”, afirmou Sophie Binet, dirigente da Confédération Générale du Travail (CGT).

Apesar da agressão por parte das forças policiais, os organizadores consideraram a jornada um êxito. “Hoje, enviamos um recado muito claro ao governo e ao ministro Sébastien Lecornu, que diz estar aberto à discussão. Acho que estabelecemos uma linha bem definida”, disse a secretária da Confédération française démocratique du travail (CFDT)

Com informações de RT Brasil
Foto: Rapports de Force

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