Proposta de reforma tributária do governo deve retirar incentivos do Imposto de Renda, diz Tostes

Em live organizada pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, o secretário afirmou que o governo federal quer dar maior progressividade à tributação

O secretário da Receita FederalJosé Tostes, disse que a proposta de reforma tributária do governo federal passará por retirar benefícios e incentivos no Imposto de Renda, tanto para pessoas jurídicas quanto para físicas.

Em live organizada pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), Tostes afirmou que o governo quer dar maior progressividade à tributação, o que implica em rever benefícios e incentivos sobre a tributação do capital.

Tostes ressaltou que, apesar de haver consenso da necessidade de ajustar o sistema tributário, a concordância termina por aí. “Há dificuldade de convergir para proposta consensual de reforma tributária. As competências e a repartição de recursos entre os três níveis de governo é desafio”, afirmou.

O secretário disse que o primeiro passo da reforma tributária deve ser as mudanças em tributos sobre o consumo, especialmente o PIS/Cofins e o IPI. Ele repetiu que o governo vem trabalhando em uma proposta de criação do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) federal e que considera reduzir encargos sobre a folha de salários. “Queremos dar estímulos para a geração de empregos, sobretudo nesse momento da pandemia”, completou.

De acordo com o secretário, ainda não é o momento de entrar na discussão da reforma tributária a revisão da CIDE. Tostes disse também que o governo não trabalha com proposta sobre regulamentação do imposto sobre grandes fortunas, mas recebe e avalia projetos que tramitam com esse tema no Congresso Nacional

Carf

Na transmissão, Tostes defendeu que o modelo de contencioso tributário brasileiro seja revisto. Atualmente, quem é autuado pela Receita Federal pode recorrer ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e também à Justiça, o que leva em média 14 anos.

“É evidente que esse modelo tem que ser rediscutido. Temos que buscar alternativas disruptivas, que tragam nova estrutura”, afirmou.

O secretário citou outros modelos, como o de países em que o contribuinte que opta pela via administrativa não pode recorrer à judicial e outros em que a decisão administrativa é considerada uma primeira instância.

 Fonte: Estadão

Compartilhe:

Leia mais
apresentação 3o relatório igualdade salarial
Diferença salarial entre homens e mulheres é de 20,9%, aponta relatório mais recente
tarifas trump pib eua deve cair
Tarifas de Trump devem encolher PIB dos EUA em 0,5 ponto percentual, diz estudo de Yale
csb brasil dando a volta por cima
CSB acompanha balanço do governo federal sobre primeiros dois anos de mandato
reunião conselho intersindical mte presidente prudente
Dirigentes sindicais têm reunião estratégica com gerência regional do MTE em Presidente Prudente
revisão toda inss stf
Revisão da vida toda do INSS retorna ao plenário do STF; saiba o que pode mudar
manifesto reabertura caso jk
CSB apoia pedido de reabertura da investigação da morte de Juscelino Kubitschek
sede inss brasília
Governo antecipa 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS para abril e maio
tarifas trump brasil lei reciprocidade
Nota das centrais: Repúdio ao tarifaço de Trump e apoio à Lei da Reciprocidade
sindidel csb
Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Delta (Sindidel) anuncia filiação à CSB
1o de maio centrais 2025
Centrais sindicais preparam jornada de 1º de maio: "Por um Brasil mais justo"