Comissão ministerial se mostrou favorável à unificação das duas categorias em um único conselho. Sindicatos revindicam que haja conselhos separados
Na última segunda-feira, dia 17, foi realizada a última reunião da Comissão Ministerial do MTE para formação dos Conselhos Nacionais dos Técnicos Agrícolas e Industriais, no Maranhão. Estiveram presentes o deputado Federal Weverton Rocha e os componentes da comissão: Vitorio Alves Freitas, Tabajara Guedes Bittencurt, Fábio Bastitela e o Helio Ricardo Macedo Faulstino. Na reunião foram avaliadas as reivindicações das duas categorias, agrícola e industrial.
Neste encontro, os representantes do Ministério do Trabalho e Emprego se mostraram favoráveis à criação de um único conselho nacional que reunirá tanto a categoria dos técnicos agrícolas como a dos industriais. No entanto, ambas as categorias desejam que sejam criados conselhos separados devido às especificidades de cada profissão. “Entendemos a decisão da comissão em unificar, mas não desistimos da nossa ideia principal que é de que cada categoria tenha a sua representatividade. Caso não sejamos atendidos, gostaríamos que os técnicos agrícolas e industriais obtenham o mesmo poder de decisão independente da representatividade de classe”, disse Wennder Robert Rocha, presidente do Sindicato dos Técnicos Agrícolas do Maranhão (SINTAG/MA).
A Comissão Ministerial irá encaminhar até o dia 21 de março o projeto final para apreciação do ministro do Trabalho, Manoel Dias. O prazo para aprovação é de 60 dias, podendo ser renovado para mais 60. Durante seis meses o grupo coletou dados sobre as necessidades de cada categoria para formatar os argumentos e justificar a desvinculação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). “Com esse estudo e com a união das classes, acreditamos que, depois de mais de 10 anos de lutas para a criação do nosso conselho, finalmente veremos essa ideia se concretizar. Temos que reforçar que, com o desligamento do CREA, poderemos fiscalizar melhor a condição de trabalho dos técnicos agrícolas e também lutar por mais direitos da categoria”, explica o presidente do SINTAG/MA.