Luiz Carlos Molion levantou o debate sobre interesses econômicos ligados ao aquecimento global e outros “terrorismos” climáticos
Na abertura do segundo dia de palestras do Seminário de Pauta realizado pelo Sindpd, nesta sexta-feira, 25 de outubro, o cientista climático e professor associado no Instituto de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Alagoas (ICAT – UFAL), esclareceu dados referentes ao aquecimento global, camada de ozônio e Painel da Biodiversidade. Os três tópicos foram considerados verdadeiros “terrorismos climáticos”, que são uma simples manobra pra que o Brasil continue como uma colônia dos países altamente desenvolvidos.
“Nós achamos que somos independentes, mas na realidade, ao analisar alguns fatos, podemos concluir que o Brasil ainda vive em regime de colônia em relação a alguns países”, criticou Molion, referindo-se aos acordos de não emissão realizados entre o Brasil e outras nações. “Contra nós, estão o governo e a mídia, com interesses particulares. Contra o que diz a ciência” completou.
Aquecimento Global
“Muito diferente do que se houve por aí, não há evidências de que o mundo está aquecendo devido às atividades humanas”, afirmou o cientista através da explicação de que o mundo já passou por diversas oscilações de temperatura, o que significa um fenômeno natural.
“Foi medido a concentração de gás carbônico dentro do gelo das calotas polares. Provando que cada período de variação é uma era glacial. Com aumentos e diminuições bem acentuadas de temperatura e provando que essa variação é constante e previsível”.
O efeito estufa, que é o pilar básico da teoria do aquecimento global, “é uma grande furada”, disse o professor. “Ele [efeito estufa] vai contra as leis básicas da ciência e, sem dúvidas, não passaria por uma análise séria dentro da mecânica ou física quântica”, garantiu. “Afinal, Se não existisse crise climática e o co2 não fosse o alvo, pra que reduzir o crescimento de mais de 40 países?” Indagou Molion citando nações que já possuem alto IDH, mas ainda não atingiram o alto desenvolvimento.
“Vê-se claramente a redução de energia para que a redução do crescimento, em particular, dos países em desenvolvimento mais avançado, que é o caso dos BRICS, fortes concorrentes dos países de primeiro mundo no que diz respeito à produção e exportação”, completou ele, deixando claro a ameaça eminente dos países como China e Brasil às economias norte-americanas e europeias, por exemplo.
Camada e buraco de ozônio
Segundo o professor, é possível provar que a tese acerca do uso dos CFCs e outros gases décadas atrás considerados nocivos à camada de ozônio, não passaram de embates político-econômicos “A ideia lançada foi que os gases que estariam destruindo a camada numa escala muito rápida”.
Para ele, não passava de um verdadeiro terrorismo que dizia: menos camada, mais raios ultravioleta (UV) e, consequentemente, mais câncer de pele e aquecimento. “Isso não tem fundamento, pois o ozônio se forma com radiação UV do tipo A, que possui menos energia. Ela ativa as enzimas que produzem a vitamina D que restitui o cálcio no organismo e só traz benefícios à humanidade”.
“Sem contar que foi comprovada que a influencia solar, em um período de 90/100 anos, reduzir sua capacidade e lançar um mínimo de raios UV. Essa variabilidade natural foi comprovada e é fato. O que significa que agora a tendência é diminuir a concentração de raios UV”, esclareceu Molion.
Painel de Biodiversidade
Este tópico, de acordo com o cientista, tem a única função de tentar nos proibir de mexer na Amazônia. “Trata-se de um dos pontos mais críticos no que diz respeito às falcatruas lançadas pelas hegemonias. Pois, para eles, o nosso desenvolvimento é uma ameaça às suas demandas.” Assegurou. Para o especialista, os países detentores das pesquisas já estão preparando um protocolo focado no Brasil, pois a alta produção de grão a custo baixo e isso incomoda e permite um alto crescimento.
Segundo o presidente do Sindpd, Antonio Neto, “Infelizmente alguns companheiros do governo preferem ouvir as ONGs que, na verdade seguem pensamentos de outras organizações muito bem consolidadas ou interesses que, muitas vezes, a gente nem sabe de onde são”, disse o presidente.
Para José Hamilton Brandão, diretor do Sindpd de São Paulo, “não conhecia essa visão sobre o clima global. Eu participei da ECO 92 e vejo que maioria dos países que participaram não cumprem o que ficou acordado, nem no protocolo de kyoto. Então, na minha opinião, eles tratam com descaso a questão do clima”. Já para Manoel Pacífico, diretor dos empregados da Prodam, “A visão que eu conhecia é o que a grande imprensa traz pra gente. Tem sido uma tônica nesse seminário, a gente acordar pra uma série de questões que desvirtuam a verdade e faz com que percebamos que somos vítimas de um processo com objetivos claros, em desencontro com interesses do cidadão.
A importância sindical
De acordo com a palestra de Molion, os dirigentes sindicais são representantes da massa trabalhadora que, na maioria das vezes, não possui voz ativa. “Os esclarecimentos os conscientizam do dever de levar aos formadores de políticas públicas e ao governo, as aspirações e as necessidades dessa maioria. O Brasil, historicamente sempre obedeceu às imposições vindas das hegemonias”. Disse e completou citando o governo: “Hoje, embora nosso governo esteja bem consolidado perante outras nações, ainda aceitamos muitas determinações provenientes do G7. Como é o caso dos milhões de investimentos no fundo mundial definido para o aquecimento global, por exemplo. Isso é uma grande bobagem, principalmente em se tratando de um país que sofre com diversos problemas em atendimentos primários como educação, saúde, saneamento e etc. E é justamente aí que os sindicatos possuem participação fundamental, com representantes dos anseios dos trabalhadores”.
Fonte: Sindpd