Presidente do Sintap é acionada para averiguar caos no Lasa

A presidente do Sintap pretendia fechar o Laboratório do Centrin, após constatar as condições precárias do local, inviáveis para os servidores exercerem suas atividades, mas o coordenador da CCDA questionou o lacre do Lasa e garantiu uma saída imediata para a situação. 

Ultimamente têm-se acirrado as solicitações à presidente do Sintap-MT, Diany Dias, nas unidades do Indea-MT, como a ULE de Cuiabá e Centrin,  para tomar providências quanto à precariedade das sedes, que chegou ao limite, no que tange ao mínimo e básico para seu devido funcionamento.  Há exatamente um mês (12/11), a gestora sindical teve que fechar a ULE da capital por falta de água para beber e outras deficiências que inviabilizam o trabalho dos servidores.

Na semana passada, ela foi novamente acionada para averiguar o telhado do Centrin, que desabou e punha em risco funcionários que trabalhavam no mesmo prédio. E nesta terça-feira (10), o caos chegou ao Laboratório de Apoio à Saúde Animal Anibal Molina – Lasa, que vem somar a outras reclamações vindas de outros laboratórios do órgão, cuja situação tornou impossível os funcionários executarem suas atividades.

Diany pretendia também fechar o local, por conta da falta de ar condicionado, mas o coordenador da CCDA, Alison Cericatto, compareceu imediatamente e assegurou que no mesmo dia soluções seriam tomadas, as quais o presidente do Indea-MT, Jurandir Ribas, ratificou garantindo que no dia seguinte um novo equipamento seria instalado.

“Passei mal com poucos minutos circulando nas salas do Lasa, devido ao calor excessivo e o mau cheiro, causado pela alta temperatura que faz recender o que exala dos camundongos, e pelo ar que entra pelas janelas que têm de ficar abertas para ventilar, o que é grave em se tratando de laboratório, já que existe um entulho de materiais com odor fortíssimo, insuportável, a serem dispensados que estão acumulados contaminando o ambiente. Além disso, a estrutura impõe risco, com rachaduras nas paredes, infiltrações, e portas caindo aos pedaços tomadas por cumpim. E tudo isso está acontecendo por falta de planejamento e gestão, o que mostra que só estamos retrocedendo.” O protesto veio da presidente Diany Dias, que visitou o local e por cerca de duas horas conseguiu avaliar o ambiente insalubre onde os servidores têm exercido suas atividades.

A maioria dos equipamentos está sem manutenção ou sem funcionamento, e alguns deles já chegaram danificados, sem funcionar. A exemplo das estufas, pelo menos três estão com defeito, assim como o exaustor que ameniza o forte odor nos dois laboratórios, bem como o ar central, que é fundamental o ambiente em geral, por conta dos camundongos e aparelhos que devem permanecer em local refrigerado, prova disso um freezer que não funciona mais por conta disso. “Salas que deveriam estar entre 17 ao máximo de 22 graus, se mantém em média de 30 graus. Há tempos que estamos trabalhando nesse calor, e agora chegou ao limite e não temos mais condições de continuar dessa forma”, protestou uma servidora.

Além disso, a falta de uma série de materiais essenciais como copos para beber água, em que os servidores têm que beber em copo para café. A ‘maravalha’ – uma espécie de pó de serra mais grosso – te sido solicitada a um prestador próximo, que cede sem saber quando vai receber. “Toda vez que vou lá passo ‘o óleo de peroba’ para pedir ‘maravalha’, pois não podemos ficar sem no manuseio dos ratos, que já estão sem o ar condicionado, no infectório e no biotério”, comentou outra servidora.

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CCDA – Após diversas ligações da presidente Diany Dias ao presidente do Indea-MT, Jurandir Taborda Ribas, e ao gestor da Coordenadoria de Controle de Doenças Animais, Alison Seganfredo Cericatto, este compareceu imediatamente ao Centrin, no laboratório Lasa. Ele disse que “não falta recursos, mas o grande problema é que não se pode gastá-los, ou seja, o governo tem orçamento na área financeira, mas não o tem na orçamentária”,  explicou.

Cericatto discordou do fechamento do laboratório e tentou buscar soluções imediatas para que isso não ocorresse, já que a presidente do Sintap estava decidida a lacrar o local, caso não houvesse alternativa para os servidores não trabalharem em ambiente tão quente. Os contatos com Jurandir Ribas prosseguiram, até que se garantisse ao menos um paliativo para resolver o problema, já que este tem sido o nível das medidas que vêm sendo tomadas em vários setores do sistema agrícola, agrário e pecuário.  Foi informado que dois aparelhos de ar condicionado haviam sido entregues no Indea, só não se sabia exatamente o destino dos mesmos.

Indea-MT – Após diversos contatos, o presidente Ribas informou que iria enviar de imediato um profissional para orçar o conserto do ar central. Entretanto, os servidores avisaram que este equipamento foi consertado há um ano, e o prestador avisara que se o mesmo desconsertasse não haveria mais solução. Por fim, o gestor do Indea assegurou que um ar condicionado novo seria instalado, uma vez que este chegara nesta terça-feira (11), e caso não houvesse saída para o central, mais dois aparelhos poderiam ser instalados, os quais chegaram no mesmo dia  o órgão. “O ar que foi empenhado no início de novembro e já chegou será instalado,  e vamos torcer para que seja consertado o antigo, mas se não houver jeito e tudo for justificado, mais dois que chegaram no mesmo dia também serão colocados para melhorar a situação, até que instalemos em todas as salas, só que cairá no orçamento do próximo ano”, garantiu.

Desabamento – Servidores ainda estão trabalhando na sala ao lado do desmoronamento do telhado, onde funciona o almoxarifado, e um armário de aço ainda embalado e acondicionado no local continua tomando sol e chuva, uma vez que tudo permanece como ficou desde o desabamento. “Veio gente da diretoria e o engenheiro aqui, mas não disseram para que saíssemos, então continuamos no local, pois são solicitados materiais do almoxarifado e alguém tem que fazer a entrega”, comentou um servidor.

O presidente Jurandir Ribas confirmou que foi feita a inspeção com engenheiro no local e acrescentou que contratou uma empresa para retirar o patrimônio e o entulho, além de fazer o escoramento para não desabar mais na sala ao lado, mas somente nesta segunda-feira (10) fora feito o empenho para tal.  Segundo ele, o material do almoxarifado que fica na mesma sede, será retirado e acomodado em outro prédio do mesmo complexo do Centrin. “O prédio já necessitava de uma reforma ampla, pois o telhado já tem histórico de aprofundamento com risco e goteiras, porém, no local não funciona mais nenhum setor”, finalizou.

Fonte: Alexandra Araújo/Sintap-MT

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