Por convenção coletiva justa, técnicos e auxiliares em Radiologia do Ceará fazem ato na capital

SINTARC rejeitou os 5% de reajuste oferecido pela entidade patronal

Após decretar estado de greve na última semana, o Sindicato dos Técnicos e Auxiliares em Radiologia do Estado do Ceará (SINTARC) organizou, nesta terça-feira (25), uma manifestação em frente à um dos principais hospitais da capital cearense, o Centro Regional Integrado de Oncologia do Estado do Ceará (CRIO). Um segundo ato está marcado para a próxima terça-feira (1), desta vez no Clínica Boghos Boyadjian, também em Fortaleza, as 8h30.

Com data base em maio, a entidade busca negociação para uma convenção coletiva mais justa. Enquanto a entidade patronal oferece apenas 5%, o sindicato declarou que não aceitará qualquer índice abaixo de 6%.

Segundo a presidente do SINTARC, Anemery Ramalho Martins de Morais, diferentemente dos anos anteriores quando o patronal conseguiu postergar as negociações até outubro, caso não haja acordo, o sindicato deve entrar com o pedido de dissídio coletivo.

“Por 5% nós já avisamos que não fechamos, porque seria um percentual bem menor do que eles têm fechado com outros sindicatos. Seis por cento não é muito, mas corrige um pouco o que a gente vem perdendo. Por toda a vida eles têm tido essa má vontade em negociar, ano passado fechamos acordo em outubro, porque eles ficaram segurando para não pagar o retroativo. Essa é uma estratégia que eles sempre usam, mas esse ano vamos dar um basta. Vamos fazer nossos movimentos. Se não derem resultados, nós vamos protocolar com dissídio coletivo”, disse a presidente, que garante que os atos acontecerão até a segunda semana de agosto, antes de ir para dissídio.

Além da manifestação que contou com dirigentes do SINTARC e de outros sindicatos filiados à Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) no Ceará, houve panfletagem com trabalhadores, pacientes e visitantes do hospital.

A presidente do sindicato tem recebido diversas mensagem de reconhecimento e de solidariedade por parte dos profissionais.

“Os trabalhadores têm demonstrado muito apoio à categoria através de mensagem. Eles entendem que é um ato legítimo e que devemos nos fortalecer cada vez mais. As pessoas ficam com receio de participar e serem demitidas, e nós entendemos que nesse atual momento todos se sintam inseguros”, completou Anemery, que agradeceu o respaldo da CSB nesta luta pelo trabalhador.

“O apoio da CSB é fundamental, a Central veio para somar, e hoje nós sentimos que não estamos mais sozinhos em todas as nossas lutas. Isso faz toda a diferença, pois é uma entidade decente e de valores, que nós admiramos.  Por isso, nós fazemos parte dessa família. A CSB tem uma história de luta pelos trabalhadores, e o nosso presidente é uma inspiração, um exemplo de sindicalista correto e de uma pessoa descente, que vive em prol do trabalhador”, finalizou a presidente.

Representando a Central, o presidente da Seccional Ceará, Francisco Albuquerque Moura, garante que não faltará o apoio da Entidade nos embates pelos trabalhadores.

“A CSB participou da manifestação desta terça-feira (25) e damos total apoio à categoria, pois achamos justa a reivindicação. Estaremos em todas as manifestações que o sindicato realizar até que seja resolvido e que se feche a convenção coletiva. Os patrões precisam respeitar os trabalhadores”, declarou Moura.

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