Policias federais mobilizam Brasília em passeata pela valorização da segurança pública

Categoria também convocou assembleias para debater o aumento salarial proposto pelo governo

A polícia federal participou, nesta quarta-feira (21), em Brasília, da marcha organizada pela polícia federal e civil com o objetivo cobrar dos governos uma política nacional de segurança pública. Ao todo, 14 Estados aderiram à manifestação.

Segundo Flávio Werneck, vice-presidente da CSB, diretor da Fenapef e presidente do Sindipol-DF, a mobilização é uma forma de mostrar para a sociedade e para o governo a insatisfação que as policias têm com a atual política de segurança pública. “Atualmente, 90% dos crimes que acontecem no Brasil não são solucionados. A impunidade é um dos principais fatores para o alto índice de criminalidade. É preciso que haja uma mudança no código penal brasileiro e também que seja alterada a forma de se investigar crimes no País. É possível transformar o Brasil em local seguro, só precisamos de boa vontade”, avalia.

DSC_0010

Para o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de São Paulo (SINDPOLF-SP), Alexandre Sally, é necessário sensibilizar o governo sobre a grave situação da segurança pública brasileira.  Para o dirigente, não há estrutura pública e nem privada que garanta a segurança do cidadão. “Entre os direitos que devem ser tutelados pelo Estado, a proteção à vida é, por definição, o mais relevante. Por isso, a segurança pública deveria ocupar um lugar central nos debates políticos. Mas não é o que acontece hoje no Brasil. A sociedade precisa saber que os policias não compactuam com essa política permissiva ”, disse.

Além disso, a Polícia Federal também convocou para mesma data assembleias nos 27 sindicatos espalhados pelo Brasil para discutir a proposta, feita pelo governo federal, de aumento salarial da categoria. “Nós não queremos prejudicar a sociedade e nem interromper  os serviços essenciais. Queremos melhores condições de trabalho e uma sociedade mais segura. Quem vem prejudicando os trabalhos da PF é o governo, que tem escalado poucos servidores e também precarizado o trabalho”, afirmou Werneck.

O governo federal ofereceu um aumento de 12% agora e de mais 3,8% em janeiro de 2015. A categoria luta pela recomposição inflacionária nos salários dos últimos sete anos e pela criação de um projeto de lei que estabeleça as atribuições dos agentes federais. “Reivindicamos a reposição inflacionária, pois os salários estão congelados há sete anos. Também queremos que se faça um rol de atribuições dos policiais federais em um projeto de lei, porque hoje não há definição sobre o que os policiais devem fazer. Queremos que seja criado um plano de carreia”, explicou  o dirigente.  Os policiais federais também pedem que o governo  inclua a anistia aos policiais federais  grevistas que respondem, na instituição, a processos administrativos desde a greve de 2012.

Compartilhe:

Leia mais
Design sem nome (2) (1)
CSB defende transição tecnológica justa em reunião de conselheiros com ministra Gleisi Hoffmann
painel 7 transição tecnológica e futuro do trabalho
Encontro Nacional CSB 2025: painel 7 – Transição tecnológica e futuro do trabalho; assista
regulamentação ia inteligência artificial
Regulamentação da IA é tema em destaque para centrais sindicais no Congresso
papa leão XIII e papa leão XIV
Com o nome Leão XIV, novo Papa homenageia Leão XIII, defensor dos trabalhadores e abolicionista
mapa mundi brasil no centro
IBGE lança mapa-múndi com Brasil no centro e hemisfério sul na parte de cima
geração de empregos recorde em fevereiro
Procurador denuncia "pejotização" como forma de burlar direitos trabalhistas
csb centrais sindicais com ministro maurcio godinho tst
Centrais entregam agenda jurídica do movimento sindical ao vice-presidente do TST
csb menor (40)
Desigualdade de renda no Brasil é a menor desde 2012, aponta IBGE
csb menor (1)
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 6 – Trabalhadores e meio ambiente
ministro do trabalho luiz marinho em audiencia na camara
Ministro do Trabalho defende fim da escala 6x1 e jornada de 40 horas na Câmara