Para fortalecer movimento sindical, seccional da CSB no Mato Grosso se reúne com sindicatos do interior do estado

Tangará da Serra e Sapezal foram as cidades visitadas pelo vice-presidente da Central Antonio Wagner Oliveira

Com o objetivo de fortalecer a união do movimento sindical, membros da diretoria da seccional da CSB no Mato Grosso tem percorrido os municípios do interior do estado para dialogar junto aos sindicatos da região. Nas últimas quinta e sexta-feira (25 e 26), foi a vez das entidades de Tangará da Serra e Sapezal receber a visita do vice-presidente nacional e estadual, Antonio Wagner de Oliveira. Esclarecimentos sobre a mudança na legislação após a reforma trabalhista, a mobilização contra a reforma previdenciária e a garantia de apoio da CSB às lutas dos servidores municipais das duas cidades foram os principais temas debatidos durante os encontros.

De acordo com os presidentes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sapezal (SIMS), Jader Daniel Mayer, e de Tangará da Serra (SSERT), Eduardo Pereira, a presença da Central no interior do Mato Grosso é muito importante para manter as entidades sindicais informadas e preparadas às batalhas contra os retrocessos aos direitos dos trabalhadores, propostos pelo atual governo federal – razão de uma das principais mobilizações da CSB para o ano de 2018 segundo o vice-presidente Antonio Wagner.

“É importante discutirmos agora como funciona a nova lei e fazer esclarecimentos com relação às lutas deste início de ano. Nós deixamos claro que agora é a hora de se organizar e fazer uma reação; deixamos claro a importância dos sindicatos municipais no processo de mobilização nacional. A ideia é promover mobilizações descentralizadas para fomentar o debate e para a sociedade compreender que essas reformas [trabalhista e previdenciária] são, na realidade, ‘deformas’”, explica Oliveira, e completa:

“Temos de identificar, por exemplo, quem são os vereadores que apoiam determinado deputado para pressioná-lo também e fazer com que a mensagem de que os trabalhadores não querem a reforma da Previdência chegue ao Congresso Nacional”.

Para Jader Mayer, presidente do SIMS, é esse compromisso e atuação da CSB que consegue fornecer a base para os trabalhadores “acompanharem o que acontece no Brasil e, [assim], conseguirem se mobilizar”, opinião complementada pela visão de Eduardo Pereira. De acordo com o presidente do SSERT, a expectativa “é que o ano de 2018 seja mais produtivo que o de 2017, sem tantas perdas aos trabalhadores e mais incentivo à luta dos servidores pelos seus direitos”. Juntos, o SIMS e o SSERT representam cerca de 3 mil trabalhadores.

União regional e assembleias

A mobilização nos municípios de Tangará da Serra e Sapezal já começam no início de fevereiro com a participação da seccional da CSB no Mato Grosso. O plano é promover assembleias e debates antes da data-base de cada entidade sindical para fortalecer a bandeira dos reajustes salariais. No caso do sindicato de Tangará, uma das principais reivindicações é recuperar os 4% de reposição inflacionária perdida no ano passado. Santa Carmem também é outra cidade que receberá o apoio da Central durante as assembleias.

“Só um povo esclarecido é um povo capaz de se indignar. Os sindicatos do interior são células que têm capacidade de dialogar com a população mais simples, os bairros, as pessoas inacessíveis. E nós vivemos uma guerra contra os direitos mais básicos dos trabalhadores. Então, vamos à luta! ”, finaliza Oliveira.

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