Caso Marielle Franco e assédio no trabalho são tema de reunião entre centrais sindicais

Assuntos que ganharam manchetes dos jornais devem pautar da Conferência anual da OIT de 2018

O assédio no mundo do trabalho foi foco em 2017 e continua a repercutir no mundo todo. Em grau local ou global, denúncias colocaram o tema na pauta do dia dos jornais e na roda dos amigos. Entre diretores de Hollywood e atores ou cantores brasileiros, o assunto passou a não ser ignorado e tratado com mais seriedade. De olho nisso, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) elegeu esse como o tema a ser tratado na da Conferência anual, em Genebra, entre os dias 28 de maio e 8 de junho.

Para tratar desse e de outros pontos, as centrais sindicais, entre elas a CSB, reuniram-se na sede da Central Sindical das Américas (CSA) nesta terça-feira (20). O vice-presidente da CSB Sergio Arnoud compareceu ao evento como representante da Central. “A CSB tem crescido em representatividade e é importante marcarmos a nossa posição em relação à violência e ao assédio. A Conferência da OIT é uma oportunidade de criar um debate coletivo e buscar discutir nossas questões urgentes de forma representativa”.

 Arnoud explicou que há um rodízio entre as centrais para expor sobre o Brasil na Conferência anual. “A CSB lutou por esse sistema. A priori ele existia, mas não era seguido e agora isso voltou. É importante que toda delegação sinta que tem voz”.

 A reforma trabalhista e a precarização das condições de trabalho no Brasil também apareceram no evento. “Há uma denúncia aberta na OIT sobre a reforma trabalhista brasileira. O momento político (ano de eleição) brasileiro também foi tratado. “É um momento complicado em que alguns candidatos, inclusive, baseiam seu discurso no ódio e na descriminalização e isso deve ser lembrado”.

 Caso Marielle
Com representantes dos Estados Unidos e de outras partes da América Latina, o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) ganhou também destaque no encontro. Marielle foi morta a tiros, na noite de quarta-feira (14), duas semanas depois de assumir a função de relatora da Comissão da Câmara de Vereadores do Rio, feita para acompanhar a atuação das tropas na intervenção federal na área de segurança do Rio.

Deu para perceber a indignação de todos e a solidariedade com a morte. É importante que isso seja tratado em vários órgãos e eventos, assim reforça uma cobrança junto ao Governo. O assunto teve repercussão mundial”, salienta Sergio Arnoud.

 

 

 

 

 

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