Representando a CSB, Allan deixou claro que a Central se posicionou contra a reforma trabalhista
O vice-presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Leandro Allan, participou na manhã desta sexta-feira (29), no Senado Federal, de subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho, que debate as “Normas Gerais de Tutela do Trabalho” e faz um diálogo com o Brasil sobre a elaboração de uma nova Consolidação das leis do Trabalho (CLT).
Ao se pronunciar, Allan deixou claro aos participantes, que a Central foi contra a reforma trabalhista e que ela chega para massacrar o trabalhador.
“A CSB se posicionou em todos os momentos, contra esta reforma trabalhista, reforma esta, que na verdade vem para massacrar os trabalhadores porque ela está retirando direitos e nada mais. Ela está indo contra alguns princípios constitucionais, que tratam da irredutibilidade do salário. Ela está criando mecanismo que possibilita a contratação precária de trabalhadores e com a possibilidade de salários menores, além de forçar o trabalhador aceitar condições absurdas para que permanecem no trabalho em um momento que estamos vivendo uma crise econômica e política, com 14 milhões e 500 mil empregados”, disse Allan.
Ainda na sua fala, o representante da CSB acredita que pela importância desta reforma, o governo não debateu de maneira ampla.
“Essa reforma não foi debatida com o povo, não foi debatida com os representantes dos trabalhadores, com as instituições que fiscalizam a Lei, como o Ministério Público, não foi debatida com o judiciário. Ou seja, ela não foi debatida com ninguém, ela veio através de um projeto da presidência da República e com o apoio de alguns parlamentares, que, infelizmente, fizeram várias negociatas para votar a favor do governo e contra o povo brasileiro, contra o trabalhador”, completou o vice-presidente.
Ao finalizar sua participação, Leandro Allan, que também é presidente do Sindicato dos Técnicos Penitenciários do Distrito Federal (Sindpen/DF), declarou que a criação desta comissão é a prova de que a reforma é um desastre.
“Este grupo, que está se criando para rediscutir algo que acabou de ser aprovado, é a prova concreta de que essa reforma trabalhista foi um fiasco, está sendo um fiasco e não vai dar certo. Infelizmente, estão retirando direitos os trabalhadores que nós conquistamos a conquistas há 100 anos. O ano de 2017 completam exatamente 100 anos da primeira greve geral que nós estivemos no Brasil. A CSB defende uma nova reforma e que se coloque em discussão novos institutos jurídicos, que venha fortalecer a relação trabalhista de empregado e empregador”, finalizou o dirigente.
De iniciativa do Senador Paulo Paim (PT-RS), a subcomissão teve a participação de Alex Myller Duarte Lima, do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Alessandro Santos de Miranda, Procurador do Trabalho da 10ª região e secretário de relações institucionais do MPT, Alessandra Camarano Martins, que é vice-presidente da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat) e representantes da CTB.