Francisco Erivan Pereira
O Sindicato dos Movimentadores de Mercadorias em Geral e dos Arrumadores de Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Itariri, Pedro de Toledo, Miracatu, Ilha Comprida, Cananéia, Pariquera-Açú, Jacupiranga, Eldorado, Bertioga, São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba (SINTRAMMAR) vem à público manifestar seu total e incondicional apoio ao movimento paredista desencadeado pelos companheiros caminhoneiros de todo o Brasil.
Além da concordância, os movimentadores de mercadorias e o corpo diretivo do Sintrammar ratificam sua mais absoluta solidariedade aos profissionais do transporte que formam uma das mais importantes categorias de trabalhadores do país e travam árdua luta para estancar a sangria desenfreada promovida pelo Governo Federal através de sucessivas, descabidas e abusivas altas nos preços dos combustíveis.
Nesse sentido, a família Sintrammar classifica como legítima a greve iniciada nas primeiras horas desta segunda-feira (21) e se coloca ao lado dos combativos caminhoneiros que não hesitaram em cruzar os braços para corajosamente enfrentar o Governo Temer e sua política de sucateamento do patrimônio público e das empresas estatais, entre elas a Petrobrás, responsável pelos constantes aumentos de combustíveis que afetam a vida não só dos bravos grevistas bem como de toda a sociedade.
Para se ter uma pequena ideia dos desmandos e da falta de controle dos governantes, desde 3 de julho de 2017 o preço do diesel utilizado pelos caminhoneiros acumula alta de 56,88% e o da gasolina comprada nos postos pela grande maioria dos cidadãos comuns cerca de 55,47%, enquanto a inflação oficial no Brasil acumulada praticamente no mesmo período foi de 2,68%, índice que não por acaso também balizou a maioria dos aumentos salariais dos trabalhadores brasileiros no período. Sem dúvida alguma, uma discrepância.
Assim sendo, os aviltantes reajustes dos combustíveis vêm gerando prejuízos em cadeia que se verificam facilmente nos mais diversos segmentos afetando sobremaneira a vida cotidiana do cidadão de bem, cujas consequências refletem notadamente nos preços da cesta básica, do pão e leite, arroz e feijão, gás, na passagem do ônibus, remédios, educação em geral, além dos praticados nas áreas da agricultura, indústria e comércio, hospitais, serviços e outros.
Dessa forma, entendemos como justa a greve em curso promovida pelos caminhoneiros de todo o país, com destaque aos que atuam no Porto de Santos e Região Metropolitana da Baixada Santista, diante de uma injustificável proposta político-econômica que já se mostrou retrógrada, obsoleta e deficitária para a categoria em questão e principalmente para a população brasileira.