Segundo a Fetramovmg, trabalhadores da categoria terão 9% de reajuste no salário
Após dois meses de negociação, a Federação dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral de Minas Gerais (Fetramovmg) firmou pela primeira vez a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos funcionários do segmento de transportes e logística. O documento é referente ao período de 2016 e 2017 e está em vigor desde o dia 4 de junho.
A primeira CCT da categoria irá beneficiar cerca de 6 mil trabalhadores em Juiz de Fora e foi fechada entre a Fetramovmg e o Sindicato do Comércio de Juiz de Fora. Uma das principais conquistas da categoria foi piso salarial de R$ 907.
Para o presidente da Federação e secretário dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadoria da CSB, Teovaldo José Aparecido, o fechamento da CCT significa um relevante avanço para a categoria. De acordo com o dirigente, a principal conquista do setor é o reajuste de 9% no salário e o acréscimo de 100% da hora normal nas horas extras. “Há mais de uma década nós estamos lutando para conquistar a representação deste segmento. E agora, através da Convenção Coletiva, nós conseguimos defender os interesses dos profissionais”, ressaltou o presidente.
A CCT tem um significado muito importante para os trabalhadores. “O documento foi produzido a partir de um combinado entre os gestores e os trabalhadores diante daquilo que a categoria apresentou como melhoria das condições de trabalho. Claro que queremos mais benefícios para a categoria, mas estamos indo passo por passo. Queremos garantir que todo movimentador tenha seguro de vida e plano de saúde”, avaliou Teovaldo Aparecido.
Categoria
A Lei 12.023, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2009, dispõe sobre as atividades de movimentação de mercadorias em geral e o trabalho avulso. Trouxe importantes conquistas para os trabalhadores, como a diminuição expressiva da informalidade nas principais regiões do País, a consolidação de direitos trabalhistas e o fortalecimento dos sindicatos. Tais vitórias corroboram o empenho e a luta da CSB em prol da categoria, que durante muitos anos sofreu sem a proteção da lei. A reformulação das condições de trabalho garantiu a vertiginosa queda, de 70% a 80%, no número de trabalhadores informais.