Mototaxistas fazem mobilização em Manacapuru (AM) contra o sistema de transporte ilegal na categoria

Ato contou com 500 trabalhadores, que reivindicam fiscalização, pela prefeitura, dos mais de mil profissionais que atuam ilegalmente na cidade

Os mototaxistas da cidade de Manacapuru, no Amazonas, reuniram-se ontem (15/02), em frente ao prédio da Câmara Municipal, para reivindicar agilidade no processo de licenciamento dos mototaxistas do município. O ato foi organizado pela Central dos Sindicatos Brasileiros e pelas entidades representativas da categoria filiadas à CSB: Federação Interestadual das Regiões Norte e Nordeste dos Trabalhadores em Transportes de Mototaxistas, Motoboys, Motofretes e Taxistas (Fenordest) e o Sindicato dos Profissionais Mototaxistas de Manaus (Sindmoto/AM). Os manifestantes também exigiram fiscalização das motocicletas que atuam no ramo de forma ilegal.

20160215051743De acordo com a diretora da CSB, Rita de Nazaré, presente na mobilização, cerca de 500 trabalhadores se concentraram na Av. Eduardo Ribeiro, das 8 horas até o meio-dia da segunda-feira. A categoria aproveitou a presença do prefeito Josiel Nunes (PSC), durante a abertura dos trabalhos legislativos, para pedir mais agilidade no processo de legalização da atividade.

Desde 2009, a profissão de mototaxista é regulamentada pela Lei Federal 12.009/2009. Esta medida legislativa determina que os profissionais cumpram uma série de medidas, como a utilização de equipamentos individuais de proteção, curso de especialização, placa na categoria de aluguel (vermelha) e equipamentos de segurança no veículo – “corta-pipa” e “mata-cachorro”. Apesar de ser uma norma federal, cabe aos munícipios sancionarem e implementarem as novas regras.

“A prefeitura precisa abrir um processo de licitação para que os mototaxistas possam se organizar e atuar dentro da lei. Além disso, precisa sancionar a Lei 12.009/2009. Nós queremos a organização da categoria que é fundamental para o transporte urbano de passageiros. Os mototáxis são essenciais principalmente em cidades onde não há investimentos em transporte público de qualidade. Atualmente, o município conta com 476 mototáxis legalizados. Com a abertura de um novo processo de licitação, será possível abrir mais 900 vagas”, afirmou Rita.

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De acordo com o presidente do Sindmoto/AM, Anderson Souza, a categoria quer que o poder público saia da omissão e cumpra a lei.  “Não só em Manacapuru. Em todo o estado do Amazonas há problemas com a fiscalização de mototáxis piratas. Posso afirmar que 95% dos acidentes e casos de violência com mototaxistas envolvem as motos que fazem transporte pirata. Fizemos este movimento para destravar o processo de licenciamento e poder legalizar de forma total o sistema de mototáxi. O apoio da CSB nas mobilizações em defesa da nossa categoria tem sido fundamental. Sem a participação da Central, o prefeito não teria ouvido nossas reivindicações”, ressaltou Souza.

Em Manacapuru, a mobilização é contra a falta de fiscalização para coibir a circulação de mais de mil mototaxistas não legalizados na cidade. De acordo Rita de Nazaré, “a atuação desses piratas prejudica todo o sistema de transportes e a segurança da população”. “Por isso, a agilidade no licenciamento é importante para o município. Se não completar as vagas, a pirataria continua. O prefeito Josiel Nunes se comprometeu a atender as reivindicações e acelerar o processo de licitação para os novos mototaxistas. Caso o executivo do município não cumpra a promessa que nos foi feita, iremos continuar com as manifestações”, afirmou a diretora da CSB.

Confira a galeria de imagens da mobilização dos mototaxistas em Manacapuru (AM). 

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