Luiz Marinho nega que governo considere fazer mudanças no seguro-desemprego

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, negou que haja discussões no governo sobre mudanças que, na prática, reduziriam o seguro-desemprego. A fala do ministro foi em reação a notícias veiculadas na semana passada de que os ministérios da Fazenda e do Planejamento estudavam alterações no benefício, incluindo uma proposta que prevê o abatimento da multa do FGTS do valor do seguro-desemprego.

Em seu perfil no Twitter, o ministro afirmou que as notícias sobre redução do FGTS e similares são “fake news” (notícias falsas).

“FAKE NEWS: O Ministério do Trabalho e Emprego NÃO cogita ou realiza QUALQUER debate sobre o fim da multa rescisória, paga ao trabalhador e à trabalhadora após a demissão, ou sobre a redução do FGTS.”, escreveu.

No Instagram, Luiz Marinho compartilhou uma notícia que dizia “Corte de gastos: governo Lula propõe fim da multa pós-demissão pago ao trabalhador e redução do FGTS” e também a desmentiu. A postagem foi apagada, mas dizia:

“Não existe esse debate no governo. Pelo menos da parte do Ministério do Trabalho e Emprego nunca houve nem haverá discussão nesse sentido”.

Logo após a publicação da notícia sobre os possíveis planos da equipe econômica de mexer nos direitos dos trabalhadores, a CSB e mais quatro centrais sindicais emitiram uma nota criticando a hipótese, que incluía aceno também a mudanças no abono salarial e no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Leia também: Lula precisa honrar seus compromissos e dar mais segurança aos trabalhadores

“Tais propostas dos Ministérios de Fernando Haddad e Simone Tebet assentam-se na falácia neoliberal que privilegia o mercado financeiro em detrimento do desenvolvimento social e inclusivo. É uma visão que considera ‘gasto’ investimentos importantes para o povo brasileiro”, diz a nota assinada por CSB, CTB, Força Sindical, UGT e NCST.

Em vez de cortes nos direitos do povo trabalhador e da população mais vulnerável, as centrais apontaram como o equilíbrio das contas públicas pode e deve ser alcançado com um sistema tributário mais justo e progressivo.

“Reiteramos nossa luta para que os ricos paguem a conta da crise através de um imposto sobre as grandes fortunas, taxação dos dividendos, das remessas de lucros ao exterior pelo capital estrangeiro e da revogação dos absurdos e volumosos benefícios fiscais concedidos às petroleiras internacionais”, acrescentaram.

Leia a nota completa: Reduzir o seguro-desemprego é excluir o pobre do orçamento

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Compartilhe:

Leia mais
Sintrammar diretoria eleita 2025
Chapa 2 vence eleições do Sintrammar de Santos e Região, com Erivan Pereira reeleito presidente
reunião mesa permanente servidores federais 20-02-25
Em reunião, servidores federais cobram governo sobre pauta de reivindicações travada
saúde mental no trabalho nr-1
Empresas serão responsáveis por saúde mental dos funcionários a partir de maio
img-pagamentos-inss-mudanca-carnaval
Calendário de pagamentos do INSS terá mudanças devido ao Carnaval 2025; confira datas
mpt campinas investiga empresas por pratica antissindical
MPT investiga 32 empresas de SP por coagirem empregados a se opor à contribuição assistencial
servidores excluidos reestruração carreiras rs mesa fessergs
Fessergs e governo do RS formam mesa sobre servidores excluídos de reestruturação
trabalhador indenização cancer
Trabalhador será indenizado em R$ 500 mil por demissão após comunicar câncer
saque fgts nascimento filhos
Projeto que libera saque do FGTS por nascimento de filhos avança na Câmara
CNJ regras inteligencia artificial judiciário
Conselho aprova regras para uso de inteligência artificial no Judiciário
Trabalho imigrantes Texas Tesla e SpaceX
Empresas de Elon Musk usam imigrantes irregulares em obras no Texas, diz reportagem