Pelo menos 47 estradas em 18 estados foram afetadas pelos protestos
Trabalhadores de todo o Brasil aderiram, em 11 de julho, ao Dia Nacional de Luta, decidida em meio à onda de manifestações que se espalharam pelo país no mês de junho. Segundo relatório nacional divulgado pela Polícia Rodoviária Federal, pelo menos 47 rodovias em 18 estados foram afetadas pelos protestos: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
SÃO PAULO – As rodovias Anhanguera, Fernão Dias e Mogi-Bertioga foram bloqueadas por grande parte do dia de ontem, durante os protestos convocados por centrais sindicais e dezenas de movimentos sociais. A avenida Paulista foi liberada, nos dois sentidos, às 15h53, a via estava interditada desde às 11h58, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Protestos levaram cerca de 7 mil pessoas à avenida Paulista, segundo cálculos da Polícia Militar, e todos os acessos da via foram fechados ao trânsito de veículos. Por volta das 15h30, os manifestantes bloqueavam a rua da Consolação, sentido centro, com destino a praça Roosevelt. A avenida Paulista permanecia bloqueada nos dois sentidos.
Conforme a concessionária Ecovias, a Cônego Domênico Rangoni, na Baixada Santista, foi totalmente liberada em ambos os sentidos ao meio-dia. Por volta das 14h, a Anchieta -que tinha bloqueios por manifestações no trecho de planalto, em São Bernardo do Campo -também foi liberada.
RIO DE JANEIRO – Pelo menos 2 mil pessoas se reuniram na Candelária, no centro do Rio de Janeiro, na tarde de ontem, a maioria representantes das centrais sindicais UGT (União Geral dos Trabalhadores), Força Sindical, CUT (Central Única dos Trabalhadores), CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores), para a manifestação prevista para começar às 17h. Por volta das 16h30, um grupo de manifestantes tentou romper o bloqueio policial no local e a PM revidou com bombas de gás lacrimogêneo.
GOIÁS – Em Goiás, pela manhã, sindicalistas protestaram em frente à fábrica Bolachas Mabel, de propriedade do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), autor do projeto de lei que visa impor terceirizações selvagens.
RECIFE – Pela madrugada, todos os acessos ao complexo industrial portuário de Suape, que tem 105 empresas em operação e 25 em construção – como a refinaria Abreu e Lima, foram bloqueados por manifestantes.
SANTOS – Os estivadores da Baixada Santista iniciaram ato de protesto às 7 horas, em frente ao cais do Porto de Santos, o maior da América Latina. Outras categorias interditam dois pontos da rodovia que dá acesso ao terminal.
BRASILIA – Em Brasília, às 15 horas, houve protesto e concentração em frente ao Congresso Nacional.
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Sindicato realiza mobilização na Knorr-Bremse
Além da BorgWarner, os Metalúrgicos de Itatiba realizaram protesto, na manhã de ontem, na empresa Knorr- Bremse em favor do ‘Dia Nacional de Luta da Classe Trabalhadora’, em mobilização que durou 40 minutos. Segundo informações do presidente do sindicato, Tiago Pereira, os trabalhadores apoiaram as reivindicações que foram discutidas pelas centrais sindicais, entre elas a CSB.
As reivindicações são:
• Fim do Fator Previdenciário;
• Jornada de 40 horas semanais, sem redução salarial;
• Reajuste digno para os aposentados;
• Mais investimentos em saúde, educação e segurança;
• Regulamentação da Convenção 151 da OIT;
• 30 horas para profissionais de enfermagem;
• Transporte público de qualidade;
• Fim do Projeto de Lei 4330 que amplia a terceirização;
• Reforma Agrária;
• Fim dos leilões do petróleo.
Fonte: Agência BOM DIA