CSB é representada pela vice-presidente Joana Batista de Oliveira Lopes; evento vai até domingo (20)
A vice-presidente da CSB, membro do Conselho Nacional de Saúde (CNS), e presidente da Federação Nacional dos Odontologistas (FNO) e do Sindicato dos Odontologistas do Estado da Paraíba (SINDONTO/PB), Joana Batista de Oliveira Lopes, é a representante da Central na Conferência Nacional de Saúde da Mulher, que começou nesta quinta-feira (17) e vai até sábado (20) em Brasília. A cerimônia de abertura foi marcada por ato das participantes em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em discurso, o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, falou a respeito das melhorias na saúde nos últimos anos, como estabilização do número de cesáreas pela primeira vez no Brasil, criação da diretriz do parto normal, assistência à população no campo e na floresta e aprimoramento da saúde indígena.
A manifestação trouxe à tona a insatisfação dos profissionais com as condições atuais da saúde. “Estamos insatisfeitos com o ministro da Saúde, com a atual política de desconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS), com retirada de direitos”, afirmou Joana, que também é delegada da Conferência.
“As mulheres estão gritando em alto e bom som nesta Conferência. São mais de 1.800 delegadas, mais de 90 mil mulheres mobilizadas no Brasil inteiro na maior instância do controle social do SUS, que são as conferências [municipais, estaduais e nacional], para dizer sim ao SUS e daquilo que a gente aprovou na Constituição Federal”, disse.
Na avaliação da dirigente, a manifestação pode ser o pontapé para mudanças. “É para o governo refletir que o povo está atento, está consciente e nós vamos continuar na luta, não vamos desistir do nosso Brasil, onde poucos estão usufruindo em detrimento da miséria do nosso povo, dos nossos filhos que estão na rua, os filhos dos brasileiros”, completou.
A diretora do SINDONTO/PB e delegada da Conferência, Joaquina Araújo, acredita que a força e participação do povo podem reverter qualquer situação. “Nós não podemos ficar subjugados a um poder menor, poucas pessoas dirigindo e definindo nossa vida futura”, considerou.
A também diretora do SINDONTO/PB e delegada da Conferência Rejane Cartaxo, enumerou os principais problemas da saúde. “A gente tem a atenção básica na área da saúde, que precisa ser fortalecida, melhorada, que é justamente a porta de entrada do SUS. Nós também temos deficiência grande no segundo nível de atenção, a atenção secundária, que é relacionada com as especialidades. E também a questão hospitalar”, pontuou.
O objetivo do simpósio é a construção de documento unificado nacional para a saúde das mulheres brasileiras embasado nas discussões regionais que já foram feitas.
A Conferência adotou como tema central a “Saúde das Mulheres: Desafios para a Integralidade com Equidade”. O eixo principal é “Implementação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres”.
Já os eixos temáticos são: Agroecologia, sustentabilidade e desafios para a saúde das mulheres; Adoecimento das mulheres na contemporaneidade; Violências nos ciclos de vida das mulheres e garantia da execução da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM); Políticas públicas para as mulheres: conquistas, desafios, vulnerabilidade e papel do Estado.