Mais um ministro da Saúde não suporta insanidade de Bolsonaro e deixa o cargo

Colocar em situação de risco e abandono a vida do povo brasileiro tornou-se algo corriqueiro desde a posse deste governo em 2019. A lista de maldades já não cabe em uma nota, nem em uma grande reportagem.

No atual caso que envolve a conduta do Ministério da Saúde no enfrentamento da pandemia do coronavírus, uma série de erros grosseiros nos expõe a cada dia ao horror do aumento exponencial de mortes. Em meio ao recorde diário de brasileiros e brasileiras infectados e mortos pelo COVID19, que faz do Brasil o 6º País com mais casos e letalidade nesta pandemia, mais um ministro da saúde deixa o cargo, dessa vez apenas 29 dias após ter assumido. É o segundo ministro da Pasta que sai do governo Jair Bolsonaro por tentar seguir a ciência e as orientações da OMS em vez dos delírios destruidores e paranoicos do presidente.

Os erros começaram com a demissão de Luiz Henrique Mandetta, justamente por ele ter defendido ideias de combate à crise e ter procurado manter a população bem informada. A nomeação de Nelson Teich, ao que parece, seguiu critérios absurdos. Bolsonaro mostrou ao país que tentou substituir Mandetta por um ministro sem traquejo político e sem experiência no setor público de saúde, para que este não o impedisse de agir conforme seus interesses escusos, impondo uma política de insegurança e morbidez.

Mas, para a surpresa do presidente, Teich não aceitou ser capacho dos engodos de Bolsonaro e escancarou que, neste governo, o Ministério da Saúde não passa de um nome fantasia, um Ministério de fachada. O episódio, mais uma vez, coloca em risco as vidas de milhares de cidadãos brasileiros, em especial dos trabalhadores e dos mais pobres.

Já está mais do que na hora de resolver o maior problema que assola o Brasil hoje que é o governo Bolsonaro. Ele se torna um problema ainda maior que a pandemia quando age pela disseminação do vírus e defende tratamentos que podem debilitar ainda mais a saúde das pessoas.

A pandemia é algo terrível e assustador e só podemos vencê-la com políticas públicas sérias, a exemplo da Alemanha, China, Coréia do Sul, Cuba e Nova Zelândia.

Seguimos na pressão diária sobre o Congresso Nacional para interromper votações de projetos e medidas provisórias que, aproveitando-se do momento de crise, tentam tirar ainda mais direitos dos trabalhadores, classe essencial à construção da riqueza do País e da recuperação econômica no pós-pandemia.

São Paulo, 15 de maio de 2020

Antonio Neto – Presidente da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
Sérgio Nobre – Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah- Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores
Adilson Araújo – Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
José Calixto Ramos – Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores
Edson Carneiro Índio – Secretário-geral da Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
Ubiraci Dantas de Oliveira – Presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil)
Atnágoras Lopes – Secretaria Executiva Nacional da CSP-CONLUTAS
Mané Melato – Intersindical instrumento de Luta
José Gozze – Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor.

Compartilhe:

Leia mais
geração de empregos recorde em fevereiro
Procurador denuncia "pejotização" como forma de burlar direitos trabalhistas
csb centrais sindicais com ministro maurcio godinho tst
Centrais entregam agenda jurídica do movimento sindical ao vice-presidente do TST
csb menor (40)
Desigualdade de renda no Brasil é a menor desde 2012, aponta IBGE
csb menor (1)
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 6 – Trabalhadores e o meio ambiente; íntegra
ministro do trabalho luiz marinho em audiencia na camara
Ministro do Trabalho defende fim da escala 6x1 e jornada de 40 horas em audiência na Câmara
csb menor (2)
Centrais apresentam pauta prioritária e agenda legislativa em reunião no Congresso
painel 5 encontro executiva nacional csb 2025
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 5 – Agenda parlamentar sindical; assista
painel negociação coletiva
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 4 – Práticas antissindicais; assista
csb menor (39)
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 3 – Negociação Coletiva; assista
csb menor (38)
Centrais sindicais protestam contra juros altos em dia de mais uma reunião do Copom