O presidente nacional da CSB, Antonio Neto, realizou mais uma Live do Trabalhador, dessa vez com o tema: Servidores Públicos: Caminhos para proteger os servidores das maldades de Guedes e Bolsonaro.
Neto conversou com Mara Valéria, dirigente do SindServSV; Aires Ribeiro, presidente da Confederação dos Servidores Públicos Municipais; e Denilson Bandeira, Secretário de Comunicação da FESSPMESP.
O governo Bolsonaro se caracteriza desde o início pelo ataque aos trabalhadores com a Reforma da Previdência que atingiu os mais pobres e principalmente aos servidores públicos que são considerados “inimigos” pelo ministro da Economia Paulo Guedes, como ele mesmo disse na reunião ministerial:
“Todo mundo está achando que, tão distraídos, abraçaram a gente, enrolaram com a gente. Nós já botamos a granada no bolso do inimigo – dois anos sem aumento de salário”.
Guedes se refere à chantagem feita aos estados e municípios de liberar o socorro federal em troca da proibição de aumentos e reajustes nos salários dos servidores públicos. A medida foi aprovada na Lei Complementar 137 congelando as remunerações dos servidores até 31 de dezembro de 2021.
Aires Ribeiro relatou a situação precária dos servidores municipais que são essenciais para o próprio enfrentamento da pandemia: “Quando veio a pandemia ficou muito mais claro que nosso sistema de saúde é precário. E ficou muito mais claro que as prefeituras nunca investiram em equipamentos de segurança para os profissionais, como também em treinamento“. O presidente da CSPM lembrou que o Brasil teve 2 meses para se preparar para a chegada do vírus, no entanto, Bolsonaro “dizia que era uma gripezinha“.
Mara Valéria enfatizou o papel social do Estado ao contrário do que vem fazendo o atual governo: “O Estado virou as costas para as pessoas e só vê o lado econômico. A coisa pública não é pra dar lucro. Bem ao contrário. Se um governante entrar ali achando que aquilo é um banco que vai dar lucro, ele nunca vai administrar uma cidade com competência, porque ela não tem que dar lucro, ela tem que dar qualidade de vida“.
Denilson Bandeira disse que Paulo Guedes e o governo federal tem ódio contra os servidores públicos municipais e buscam “um processo de destruição do serviço público municipal com um intuito só: a terceirização“. Bandeira apontou que durante a pandemia “quem realmente veio pro front defender a sociedade são os servidores públicos da saúde, educação, segurança“.