Judicialização do movimento sindical preocupa Clodoaldo Campos

O Ministério Público tem como objetivo praticar uma forma de intervenção nos sindicatos. Isso é inconstitucional 

Escolado em décadas de lutas dentro do movimento sindical, Clodoaldo do Carmo Campos anda preocupado. Na sua visão, o sindicalismo está sendo vítima de uma espécie de judicialização, bastante prejudicial aos trabalhadores. “O Ministério Público tem como objetivo praticar uma forma de intervenção nos sindicatos. Isso é inconstitucional e sem cabimento. É preciso que os legítimos representantes dos trabalhadores, os sindicatos e principalmente as centrais sindicais, tomem uma atitude, tenham um papel preponderante para mudar esse estado das coisas”, diz ele. A análise foi feita na última sexta-feira (19 de setembro) em Ribeirão Preto (SP), quando Clodoaldo do Carmo recebeu o presidente da FESERP-MG Cosme Nogueira na sede do Sindicato dos Empregados e Agentes Autôno­mos do Comércio de Ribeirão Preto e Região (SEAAC) – entidade que preside. “Quando uma pessoa como Clodoaldo detecta esse tipo de prática temos que redobrar a atenção, pois a sua experiência e a sua disposição para a luta sempre o colocaram na vanguarda do movimento sindical e nesse tipo de visão, que está bastante correta”, referendou Cosme Nogueira.

Durante cerca de duas horas de reunião, Clodoaldo Campos – que é também vice-presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) – discorreu também sobre assuntos de grande interesse da classe trabalhadora, tais como a jornada de 40 horas semanais sem redução de salários, fim do fator previdenciário, regulamentação da Convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e a ratificação da Convenção 158 da OIT. “Esses temas e também a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres e a necessária valorização dos aposentados são bandeiras de luta, são questões que devem ser colocadas a todo o momento”, defendeu.

Sobre o atual momento brasileiro e a conjuntura política, Clodoaldo Campos elogiou a normalidade democrática, mas chamou a atenção para a fragilidade física da candidata Marina Silva/PSB (“Não me parece que ela tenha condições de assumir um cargo tão pesado”). E independente dessa questão alertou. “Qualquer candidato ou eleito que queira promover mudanças nas leis trabalhistas ou tirar direitos sindicais tem que ser extremamente combatido”, afirmou.

Fonte: Ailton Alves (Imprensa da FESERP-MG)

 

Compartilhe:

Leia mais
prédio do inss previdência social em brasília
INSS libera primeira cota do 13º e benefícios de abril a partir desta quinta; saiba
Flavio Werneck CSB no MPT
Abril Verde no MPT: CSB destaca relação entre direitos e saúde mental do trabalhador
homenagem csb aniversario getulio vargas
Homenagem da CSB ao aniversário de Getúlio Vargas: O Estadista do Povo
sede inss brasília
Governo lança novo programa com gratificação a servidores para reduzir fila do INSS
eleições sindimvet
Sindimvet-SP chama profissionais para eleger nova diretoria do sindicato; vote aqui
plenaria classe trabalhadora
CSB convoca sindicatos para Plenária da Classe Trabalhadora em Brasília
suspensão processos pejotização gilmar mendes
Suspensão de processos sobre pejotização ameaça direito do trabalho no Brasil
reunião NR-1 geral
Governo adia nova regra que responsabiliza empresa sobre saúde mental do trabalhador
cassação glauber braga
O mandato de Glauber Braga e a responsabilidade das centrais sindicais
1o de maio shows sp
1º de Maio em São Paulo terá shows gratuitos com Fernando & Sorocaba e outros; veja agenda!