Grevistas fazem faxina na Secretaria de Educação

Com vassouras, rodos, baldes com água e sabão, os servidores em greve geral há 21 dias, fizeram uma faxina na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) nesta segunda-feira (20). Eles lavaram as calçadas do órgão, as escadas da entrada e o auditório.

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“A secretaria representa, na sua gênese, o espaço fundamental para contribuir com o processo de transformação da sociedade e, infelizmente, é o primeiro órgão que apontou indício de corrupção”, explica Henrique Lopes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT).

Oscarlino Alves, presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma-MT), complementa. “O ato é simbólico. O governo que prometeu ser legalista e combater a corrupção, já tem esquema de corrupção. Leilão de obras na secretaria de educação. Então, vamos lavar o órgão e fazer com que o governo nos enxergue”.

“Nossa defesa, para debater as PPPs, é que sejam chamadas conferências e não audiências públicas. Não adianta chamar audiência com representação de instituições sem que ocorra o debate com a sociedade”, defende o presidente do Sintep-MT.Além de repudio ao escândalo que evidenciou esquema de corrupção em processos licitatórios que somam R$56 milhões, os grevistas em frente à Seduc reivindicam o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) de 11,28% integral, chamamento de concurso público na Educação e pedem o cancelamento do edital que implementa Parcerias Público Privada (PPPs), a qual o Sintep-MT alega que o governo iniciará, assim, o processo de privatização das escolas.

O secretario Henrique Lopes afirma que o protesto não bloqueia entrada de servidores da Seduc. “Nós não tomamos nenhuma deliberação de impedir entrada de servidores. Nossa manifestação é pacífica. Queremos trabalhar a conscientização dos servidores que não estão em greve”.O secretário responsável pela pasta, Marco Aurélio Marrafon, chegou à Seduc no momento em que os grevistas limpavam o pátio. Não houve retaliação.

Ainda varreram as calçadas do Palácio Paiaguás, da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Sinfra), da Federação Mato-grossense de Agricultura (Famato) e da Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Outras mobilizações
Neste domingo (19), o Fórum Sindical protestou em Poconé, durante a Cavalhada. “Nós instalamos uma barraca em frente à entrada do evento, e fomos muito bem recepcionados”, conta Orlando Francisco, membro do Fórum e secretário de finanças do Sintep-MT.

Lá, aguardavam o governador Pedro Taques, que não apareceu. “Mesmo fazendo parte da agenda, ele não apareceu. Fugiu de uma tradição de quase 200 anos com medo do Fórum Sindical”, dispara Edmundo César Leite, presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Sinpaig-MT).

Na sexta-feira (17), a movimentação foi em Rondonópolis, onde ocorreu a “passeata da vela”, que reuniu cerca de mil pessoas. “Fizemos uma caminhada da frente do shopping Center até a feira. A sociedade nos recepcionou bem e nos aplaudiu. Isso demonstra que estão do nosso lado”, afirma Oscarlino Alves que esteve no protesto.

Os protestos dos grevistas continuam. Hoje, todas as unidades no Estado do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) serão ocupadas. Amanhã, eles ocupam a Assembleia Legislativa para impedirem a votação do projeto de lei formulado pelo governo que estipula o pagamento de 6% da RGA e 5,28% em parcelas a dependerem da baixa na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“O governo cantou vitória antecipada, como cantou vitória dizendo que derrubaria imediatamente nossa greve. Nós vimos que isso foi possível de acontecer, mesmo sabendo da legalidade da nossa greve, e agora tem deputado da base dizendo que 19 dos 24 vão ser favoráveis ao projeto. Nós vamos acompanhar todos esses processo e cobrar dos deputados para que não sejam ‘garotos de recado’. Nós vamos tratar traidor, como traidor”, finaliza o presidente do Sisma-MT.

sr. governador, é com insatisfação que te informo que na minha familia somos 8 funcionarios publicos com suas respectivas familias, quantos votos o senhor e o seu partido acha que perdeu?

Fonte: Gazeta Digital

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