Prefeitura perde processo em que pede que movimento iniciado há 15 dias seja considerado ilegal
Sem uma proposta concreta da prefeitura de Ibatiba, os servidores da cidade completam 15 dias de greve. Nesta terça-feira (7), o movimento liderado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da cidade (SINDIPUMIES) ganhou força, já que a Justiça reconheceu a greve como legal e legítima.
Os servidores buscam os direitos trabalhistas básicos, como a reposição da inflação (em 3%), Piso Nacional Salarial dos professores e o fim da utilização de benefícios como complemento do salário mínimo de serventes, merendeiras e vigias.
Como a CSB já noticiou, o prefeito alega, por meio de ofícios, o descumprimento de deveres básicos como se fossem propostas. Com a movimentação da categoria, o poder executivo de Ibatiba foi ao Tribunal de Justiça do Espírito Santo e perdeu. Na sentença, o relator Walece Pandolho Kiffer considerou o pedido de ilegalidade da greve como “afronta ao Movimento e suas finalidades”.
Edson Salôto, presidente do SINDIPUMIES, considera “ que a decisão fortalece o direito de greve, porque reconheceu que a gente está numa luta justa pelo trabalhador”.
Próximos passos
A partir de agora, o Sindicato começará a mobilização em duas frentes e pretende ampliar a greve que hoje atinge aproximadamente 315 funcionários. A primeira medida é um oferecimento de Denúncia de Improbidade e abuso de poder, além de pedido de fiscalização dos vereadores sobre diversos atos do prefeito contra servidores municipais.
Já a outra frente é aprovar, em nova assembleia, a ampliação do movimento grevista de parcial para geral, respeitando os limites para serviços essenciais como a saúde. Salôto, inclusive, salienta que já tem feito isso. “Dos servidores públicos, temos só cerca de 30% das pessoas da área de saúde na greve. Sabemos da importância do setor para a sociedade”, finaliza o dirigente, que afirma ter saído mais forte para a batalha após a decisão da Justiça.