Governo colocará no Orçamento despesas com reajuste de servidores

O governo vai incluir nas despesas previstas para este ano os gastos com o reajuste dos servidores federais.

O governo previa economizar R$ 4,4 bilhões com o adiamento dos reajustes para 2019.

No entanto, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), barrou a iniciativa e o reajuste está valendo por força de liminar. O primeiro pagamento será feito em fevereiro – relativo ao salário de janeiro.

Cálculos refeitos pelo Ministério do Planejamento indicavam, nesta quarta-feira (31), que a volta desses reajustes ao Orçamento provocará uma despesa R$ 5,6 bilhões ao governo federal neste ano.

O ministério informou, por meio de nota, que segue tentando derrubar a liminar e que, por obrigação legal, tem que considerar a despesa nas projeções de 2018 até que haja a decisão definitiva do STF.​

Esse aumento de gastos, além de despesas extras com a política de desoneração da folha de pagamentos – também fora da previsão orçamentária – levaram técnicos do governo a avaliar um cancelamento de despesas de R$ 5 bilhões a R$ 8 bilhões.

Os números estão passando por escrutínio e deverão ser fechados na sexta-feira (2).

O cancelamento será necessário, afirmam fontes do governo, apesar da economia com outras despesas, como com previdência, abono salarial e seguro-desemprego.

Conforme mostrou a Folha, com um reajuste menor do salário mínimo e com uma inflação mais baixa do que o esperado, o governo estima economizar cerca de R$ 7 bilhões neste ano em despesas obrigatórias.

Ainda assim, no conjunto, as despesas previstas estão maiores do que o teto de gastos deste ano, de R$ 1,348 trilhão, afirmam essas mesmas fontes.

No Ministério da Fazenda, a principal preocupação são as receitas, que podem ser insuficientes para cobrir todas as despesas do teto de gastos.

Embora a economia esteja se recuperando, o que ajuda na arrecadação de impostos, há riscos no horizonte.

Sem a aprovação a tempo da tributação sobre fundos exclusivos – o que geraria R$ 6 bilhões – e sem a reoneração da folha de pagamentos, até agora sem avançar no Congresso, o governo pode ter uma frustração de R$ 14 bilhões.

Por isso, poderá haver um bloqueio temporário de despesas. Os estudos atuais variam de uma necessidade zero de congelamento até o bloqueio de R$ 3 bilhões.

Em uma outra frente, a ideia é bloquear mais R$ 12 bilhões em despesas e condicioná-las à privatização da Eletrobrás.

A ideia é fazer uma espécie de reserva financeira para o caso de a privatização não ser concluída e esses R$ 12 bilhões não entrarem no caixa.

Dessa forma, o bloqueio poderá somar R$ 15 bilhões, à espera de certezas no campo das receitas.

Fonte: Folha de S. Paulo

Compartilhe:

Leia mais
Sinplalto filiação CSB
Sindicato dos Servidores Municipais da Microrregião de Araxá anuncia filiação à CSB: "nova fase"
vagas emprego sine carteira de trabalho digital
Vagas de emprego do Sine estão disponíveis na Carteira de Trabalho Digital
emprego e beneficios sociais reduzem pobreza no brasil
Luiz Marinho destaca conquistas lideradas pelo Ministério do Trabalho em 2024
Sindpd aciona empresas que usam desoneração sem enquadramento sindical
Sindpd-SP inicia processos contra empresas que utilizam desoneração sem enquadramento correto
intercambio sindical em Washington
Sindicalistas do Brasil e dos EUA trocam experiências em programa de intercâmbio em Washington
INSS pagamento automatico auxilio doença
INSS suspende bloqueio de pagamento do benefício por falta de comprovação de vida
fake news não há nova contribuição sindical
Ao contrário do que diz a imprensa, não há nova contribuição sindical em discussão no país
reunião dieese servidores públicos
Servidor público, participe de reunião estratégica na defesa de seus direitos; acesse o link
Fessergs toma posse no conselho do IPE Saude
Presidente e vice-presidente da Fessergs tomam posse como conselheiros do IPE Saúde
TST novas regras recursos
Admissibilidade de recursos no TST tem novas regras a partir de fevereiro; saiba o que muda